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PRESIDENTE DO CONSELHO DO YACHT CLUBE DA BAHIA É ALVO DE NOTÍCIA CRIME NO MPBA

Victoria Isabel - 12/12/2023 08:40

Uma disputa política entre a antiga e atual gestão do Yatch Club da Bahia chegou ao Ministério Público da Bahia. Tudo começou quando o grupo de oposição reprovou as contas de 2019 do ex-comodoro Marcelo Sacramento de Araújo sem uma justificativa aparente. No entanto, diversas instâncias, incluindo o Conselho Fiscal, auditoria, contabilidade e Câmara de Finanças, recomendaram a aprovação das contas. Diante disso, Marcelo Sacramento buscou a justiça para defender a regularidade das suas contas.

Em resposta, o grupo de oposição iniciou processos administrativos contra Marcelo Sacramento. Ele, por sua vez, respondeu com ações judiciais que posteriormente foram consideradas perseguição política, de acordo com decisões do Tribunal de Justiça da Bahia e do Superior Tribunal de Justiça em Brasília, garantindo os direitos do ex-comodoro.

Os advogados de Marcelo Sacramento, que também é o atual diretor Nordeste da Confederação Brasileira de Clubes, tomaram medidas legais para combater o descumprimento das ordens judiciais em seu favor. Os requerimentos foram apresentados na 6ª Vara Cível de Salvador e no Ministério Público Criminal, através de uma notícia crime, com o objetivo de investigar condutas criminosas.

Segundo informações do Tribuna da Bahia, mesmo após todas estas confirmações judiciais, uma nova decisão administrativa comandada pelo Sr. Eduardo Coutinho, numa clara demonstração de perseguição política e pessoal ao Conselheiro Nato Marcelo Sacramento, eis que o Sr. Eduardo desobedeceu frontalmente as ordens judiciais, em dois dos seis processos apensados no juízo prevento.

Na visão do Criminalista Vivaldo Amaral, “… ordem judicial não se desrespeita, se cumpre; quem desrespeita ordem judicial viola, em tese, o crime previsto no Código Penal, no seu artigo 330, cuja pena pode variar de 15 dias até 6 meses de detenção”. Ao final, arrematou:” Após a confirmação pelo Juiz, caberá ao Fiscal da Lei, o MP, se pronunciar sobre a conduta em tela ante os dispositivos criminais”. A partir de agora para cada ato de perseguição além do manejo judicial civil acionaremos a justiça também penal.

Vivaldo Amaral

De acordo com a reportagem, o Advogado André Freire, vitorioso em todos os atos até agora nas ações cíveis propostas para reparar os direitos do seu Cliente Marcelo Sacramento, “nunca vi tamanha inadvertência no descuido do cumprimento de uma ordem judicial, chego a pensar que existe muito pouca preocupação com a imagem e as consequências para com a instituição Yacht Clube da Bahia perante seus sócios, perante a sociedade e principalmente perante o judiciário, o que é muito triste e preocupante, principalmente por se tratar de uma questão eivada de caprichos pessoais em atos já qualificados como de perseguição política”

Marcelo Alerta

Ainda segundo o texto, Marcelo Sacramento disse que a atual gestão precisa refletir sobre o prejuízo que tal comportamento causa ao clube.

“Me sinto extremamente triste com essa situação toda, pois há 20 anos dedico minha vida ao Yacht. Fico triste em ver o clube exposto, perdendo espaço e respeito perante a justiça, por decisões e atitudes de pessoas que precisam parar e refletir. É uma briga política. Simplesmente, eles não gostam de mim. Não me querem com poder político no clube e não medem absolutamente nenhum limite, expondo a instituição dessa forma por conta de briga política”, contou ex-comodoro.

Sacramento afirmou ainda que o Yacht enfrenta atualmente mais de 90 processos trabalhistas, quase todos alegando assédio moral, o que reflete os problemas de gestão da instituição. “O Yacht enfrenta ações cíveis e criminais. Essas disputas precisam parar quando começam a atingir o clube. Há quatro anos e meio o Yatch sofre com essas ações”, pontuou.

“Eu fui abordado pela Confederação Brasileira de Clubes pedindo acordo e eu disse que estava à disposição para isso. Disse que não havia problema da minha parte, desde que esse tipo de atitude fosse cessado. Então, depois de termos decisões mantidas no STJ, de forma irresponsável desobedecem ordem judicial e praticam atitudes contra mim extremamente reprováveis”, disse Sacramento.

Marcelo afirma que não lhe restou outra opção senão se defender judicialmente. Ele destaca que qualquer cidadão agiria da mesma forma, embora esteja enfrentando a situação com tristeza e mágoa.

“A situação do clube é muito ruim diante de tudo isso. Onde isso vai parar? Quando essas pessoas vão entender a necessidade de tratar a instituição com cautela? O ódio político precisa cessar antes de prejudicar a instituição. Infelizmente, isso não está acontecendo sob a atual direção do Yacht nos últimos quatro anos e meio”, finalizou.

Foto: Reprodução/Instagram

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