O grupo hoteleiro pernambucano Amarante tem um plano de expansão no valor de R$ 1,6 bilhão. Isso inclui a construção de um resort de luxo em Porto das Pedras, conhecido como Patacho ou Rota dos Milagres, em Alagoas, e um novo hotel de grande porte em uma praia entre Pernambuco e Alagoas. Se o plano for realizado, até 2030 o grupo terá mais de 2.700 unidades de hospedagem, em comparação com as 807 atuais.
Com três resorts em Alagoas (Maragogi, Japaratinga e Maceió) em operação, o grupo Amarante dobrou de tamanho nos últimos cinco anos e espera obter um lucro de R$ 145 milhões este ano, um aumento de 28% em relação ao ano passado. A receita deve ultrapassar R$ 450 milhões, um aumento de 17%, com um lucro operacional de R$ 163 milhões, um avanço de 31%.
Durante a pandemia, o grupo fechou por seis meses, mas aproveitou esse tempo para realizar reformas e expansões nos hotéis. O CEO do grupo, Mário Vasconcellos, sócio-controlador, afirma que foi um risco, mas apostaram na retomada e deu certo.
O grupo Amarante tem conseguido acelerar sua expansão por meio da emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e rolagem da dívida com financiamentos do Banco do Nordeste (BNB), que oferece taxas abaixo do mercado. A primeira emissão de CRI, no valor de R$ 115 milhões, foi feita no ano passado para acelerar as obras, e outras captações no mesmo formato poderão ser feitas se os juros estiverem atrativos.
A empresa possui dívida líquida de R$ 25 milhões, com R$ 142 milhões em caixa e disponibilidades. Vasconcellos afirma que a captação de recursos e a geração própria de caixa têm sustentado bem o crescimento, mas não descarta uma abertura de capital em 2026 ou a busca por um novo investidor para acelerar a execução, dependendo dos resultados.
O grupo Amarante é controlado por Vasconcellos e sua irmã, filhos do fundador da empresa. Além disso, possui sócios-diretores em posições minoritárias que se beneficiam de planos de remuneração com opções.
As obras do novo resort de luxo em Porto das Pedras, com 50 bangalôs e 70 apartamentos, começarão até o final do próximo semestre. Será o resort mais exclusivo do grupo, operando no esquema “all inclusive”.
O outro resort planejado ainda está sendo procurado. A ideia é comprar um terreno em uma praia pouco explorada entre Pernambuco e Alagoas, evitando destinos já saturados como Porto de Galinhas e Muro Alto. O novo resort terá capacidade para 1.000 apartamentos.
Enquanto o local não é definido, o grupo Amarante está expandindo seus hotéis já estabelecidos em Maragogi, Japaratinga e Maceió.
Foto: Divulgação
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