A menos de uma semana de sua sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, o ministro Flávio Dino (Justiça) ainda vai se reunir com bancadas partidárias e temáticas para virar os votos de que precisa para tomar posse no Supremo Tribunal Federal (STF), para o qual foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele deverá intensificar as articulações junto ao PSD, partido que controla três ministérios da gestão federal e tem a maior bancada de senadores.
Até agora, dos 15 quadros da legenda na Casa, mais da metade não respondeu ou não decidiu se votará a favor da escolha de Dino. Na última indicação de Lula ao tribunal, a do hoje ministro Cristiano Zanin, o partido fechou questão para aprovar a nomeação. Ontem, entretanto, Flávio Dino conseguiu uma adesão na sigla. O senador Angelo Coronel (PSD-BA), que havia se declarado indeciso por não conhecer o ministro da Justiça pessoalmente, declarou que deverá apoiá-lo, após um encontro entre os dois.
— Ele (Dino) disse que está preparado e, ao assumir, deixará de ser político- partidário. É evidente que não deve ser algo que aconteça do dia para noite. Acho que a pessoa vai desencarnando paulatinamente — afirmou. Ministro da Justiça e Segurança Pública ganhou protagonismo desde os primeiros momentos do novo governo
Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo