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7 DE CADA 10 ALUNOS BRASILEIROS DE 15 ANOS NÃO SABEM RESOLVER PROBLEMAS MATEMÁTICOS SIMPLES, MOSTRA PISA

João Paulo - 05/12/2023 13:20

O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes 2022, conhecido como Pisa em Inglês mostou um dado alarmante para o país. Entre os alunos brasileiros de 15 anos (ou seja, que acabaram de cursar o ensino fundamental II), 73% ficaram abaixo do nível 2 em conhecimentos matemáticos. Os resultados foram divulgados nesta terça-feira (5).

Isso significa que esses adolescentes não conseguem fazer operações simples, como:

  • converter moedas: dizer, por exemplo, quantos reais equivalem a 2 dólares, sabendo que 1 dólar = R$ 4,93;
  • comparar as distâncias percorridas por um carro em dois caminhos diferentes.

Na média dos 81 países participantes do Pisa (membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE – e parceiros), o índice de estudantes que estão abaixo do nível 2 é bem menor: 31%.

O que é Pisa? É uma avaliação internacional aplicada a cada 3 anos para avaliar os conhecimentos dos estudantes em matemática, leitura e ciências. A prova mais recente deveria ter sido aplicada em 2021, mas foi adiada para 2022 por causa da Covid-19. Ela é, inclusive, o primeiro estudo em larga escala feito após o período de fechamento das escolas na pandemia.

Apesar de todas as dificuldades trazidas pela pandemia (obstáculos no ensino remoto e fechamento das escolas por um período prolongado), os resultados gerais do Brasil variaram pouco em relação à edição anterior do Pisa, de 2018. Em matemática, as médias caíram apenas 5 pontos: de 384 para 379. Em leitura, a queda foi de 2,5 pontos; e em ciências, de 0,6.

“Apesar do completo descaso do governo federal, houve um efeito de reação dos estados e dos municípios, com trabalhos coordenados e muito intensos frente à desorganização do Ministério da Educação (MEC)”, afirma Priscila Cruz, presidente-executiva da ONG Todos Pela Educação.

João Marcelo Borges, gerente de pesquisa e inovação do Instituto Unibanco, reforça que os resultados não devem ser celebrados. Houve estabilidade, sim, mas os índices que se mantiveram quase iguais já eram ruins. “No quadro geral, foi algo positivo, porque outros países da OCDE tiveram quedas mais acentuadas. Mas nosso desempenho tem a ver com o patamar muito baixo de onde partimos”, diz. ( O Globo)

Foto: Valdinei Malaguti/EPTV

 

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