Mais de 60% dos trabalhadores com carteira assinada encerram o mês sem conseguir pagar contas básicas com o salário recebido. É o que aponta a terceira edição do levantamento “Hábitos e Impactos da Saúde Financeira dos Trabalhadores”, realizada pelas fintechs Zetra e SalaryFits, em parceria com a empresa de pesquisas On The Go.
A parcela de 63% que afirmaram não ter recursos suficientes para comprar ou pagar o básico, contudo, é menor do que a de 2021, quando 66% das pessoas enfrentavam essa dificuldade durante a pandemia de covid-19. Em 2019, o percentual era de 58%. A metodologia da pesquisa classificou os gastos pessoais em três tipos: essenciais, necessários e supérfluos.
Os custos essenciais incluem moradia (aluguel, condomínio), alimentação básica, saúde, higiene, impostos, energia elétrica, internet, gás, transporte, manutenção da casa e seguros. São precisamente esses gastos que, no fim do mês, muitos brasileiros não têm dinheiro para cobrir. Nos consumos necessários, estão a gasolina do carro, a assinatura de uma TV a cabo, por exemplo, ou de uma plataforma de streaming.
No último grupo, das despesas com supérfluos, estão a renovação da academia ou do clube, viagens, artigos de luxo, tratamentos estéticos e bebidas alcoólicas. O estudo mostra que as condições financeiras do trabalhador impactam negativamente na saúde física e mental. Mais da metade dos trabalhadores entrevistados se dizem estressados (58%) quando enfrentam a falta de dinheiro no fim do mês. Outra consequência é aumento de irritabilidade em casa (44%), diminuição da atenção (44%) e menor produtividade (34%).
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