A Petrobras decidiu rever os processos de venda de refinarias e, segundo declarou o presidente Jean Paul Prates, a empresa está em conversas com o Fundo Mubadala sobre uma possível recompra da Refinaria de Mataripe.
Mas a recompra da refinaria é mais complexa do que aparenta. Segundo o site Pipeline, além de convencer os compradores a lhe venderem de volta os ativos, a Petrobras comprar a refinaria por um preço menor do que comprou, ou então teria problemas com o Tribunal de Contas da União. E terá de arcar com multas e possíveis disputas judiciais.
A RLAM – Refinaria Landulpho Alves foi vendida para a Acelen, que pertence ao Mubadala, em 2021 por US$ 1,8 bilhão. O problema é que a venda da Refinaria ocorreu há dois anos, a Acelen investiu recursos e é praticamente impossível recomprar o ativo por um valor maior do que foi vendido.
A Petrobras tem dinheiro para recomprar a Refinaria de Mataripe, pois seu plano estratégico para o período de 2024 a 2028 prevê US$ 5 bilhões de investimentos para projetos ainda em avaliação na carteira nas áreas de refino, transporte e comercialização, o que pode incluir eventuais aquisições.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, também defende a recompra da refinaria e disse que é um ativo histórico da Petrobras e que nunca deveria ter sido vendido”, em nota divulgada em setembro.