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NOVAS FONTES PARA CRÉDITO IMOBILIÁRIO NA BAHIA DEVEM AJUDAR SEGMENTO A SER MAIS FORTE, DIZ ESPECIALISTA

João Paulo - 24/11/2023 08:59

Uma das grandes forças da economia baiana está em constante evolução no estado. O período pós pandemia foi de descobertas e desbravamentos o que torna o segmento um pilar econômico no estado. Em entrevista ao Jornal Correio Antonio Carlos Oliveira, diretor executivo da ACT Assessoria, explicou que para o setor seguir crescendo o mercado deve disponibilizar crédito dependendo cada vez menos dos recursos do FGTS e da poupança.

Para ele, as duas fontes são importantes para o segmento e deverão continuar a ter participação nas operações, entretanto o surgimento de fontes alternativas devem permitir um amadurecimento cada vez maior do mercado imobiliário. “Quando eu comecei a trabalhar, havia mais ou menos 84 opções de financiamento em todo o país, com bancos estaduais, associações de crédito etc. Este número se reduziu para meia dúzia de opções, mas estamos voltando a ter mais pluralidade”, avaliou Oliveira.

Segundo ele, além dos bancos, as fintechs, empresas financeiras de base tecnológica, estão ganhando espaço no mercado. “Isso gera concorrência, permite que tenhamos mais opções, seja em termos de condições de crédito, ou mesmo em termos de modalidades que não existiam há até pouco tempo”, explica. “Quanto mais diversidade na origem dos recursos, melhor para quem toma os empréstimos”, acredita.

“Eu vejo cada vez mais um mercado altamente equilibrado, autossustentável, que já faz um movimento de R$ 12 bilhões por mês, mas que chega às vezes a R$ 14 e até R$ 16 bilhões”, conta. Oliveira diz que as incorporadoras são o destino de aproximadamente 30% destes recursos, enquanto os consumidores finais ficam com a maior participação. “É uma economia ultra pujante que gera bastante riqueza e oportunidade para pessoas físicas e jurídicas”, diz.

Para o especialista em crédito imobiliário o movimento de redução na taxa básica de juros do país, a Selic, tem um papel importante ao permitir que um número maior de consumidores consiga ter acesso ao mercado. “Quanto menor a taxa de juros, menor o valor da prestação e, consequentemente, torna-se maior a probabilidade de que a parcela caiba no orçamento do comprador”, explica.

“A tendência de queda da Selic é muito boa. Se a gente já estava com uma tendência de um mercado aquecido e forte, com a taxa caindo, isso vai aumentar ainda mais”, ressalta. Segundo ele, a cada 1 ponto percentual que sobe, cerca de 1 milhão de pessoas deixa de ter condições de fazer financiamentos de imóveis. “Juros maiores representam uma prestação maior e comprometem mais a renda do comprador. O mercado precifica em 30% da renda a capacidade das pessoas de assumirem prestações”, diz.

Foto: Imagem de ErikaWittlieb por Pixabay

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