A decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de vetar completamente proposta aprovada pelo Congresso que desonera os setores que mais empregam na economia brasileira, gerando uma reação significativa de três das maiores centrais sindicais do país. Em nota, elas dizem que o petista incentiva o “desemprego e a precarização do mercado de trabalho”.
No documento, os presidentes da Força Sindical, da UGT e da CSB rebatem a ideia de que apenas o patronato vê a decisão do governo com maus olhos.
“(O veto) se deu sem debate com o movimento sindical, sobretudo representantes dos setores mais afetados. Ele coloca milhões de empregos em risco, estimula a precarização do mercado de trabalho e levará ao fim do ciclo de redução do desemprego”, dizem as centrais no documento.
O sindicalismo fez um estudo organizado com base em dados do próprio governo, do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) também coloca em xeque o discurso de que a desoneração não aumentou as contratações no país.
O estudo revelou que “setores que permaneceram com a folha desonerada tiveram um crescimento de empregos da ordem de 15,5%, enquanto os que tiveram a folha desonerada cresceram apenas 6,8% no mesmo período. Ocorreu também o maior crescimento dos salários dos trabalhadores destes setores desonerados vis a vis aos demais”.
(G1)
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