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NOVO PRESIDENTE DA ARGENTINA TEM A CRISE ECONÔMICA COMO MAIOR DESAFIO. VEJA PROPOSTAS PARA ECONOMIA

João Paulo - 20/11/2023 06:59

A grave crise econômica, que afeta a Argentina será o maior desafio de Javier Milei, Eleito presidente neste domingo (19). O país sofre com um combo de problemas que inclui uma inflação altíssima (mais de 140% em 12 meses), desvalorização da moeda nacional, falta de reservas em dólar, endividamento e aumento da pobreza.

Considerado um economista ultraliberal, ele propôs durante a campanha medidas radicais como dolarizar a economia, abrindo mão do peso, e extinguir o Banco Central. No discurso da vitória, não mencionou essas medidas, mas disse que a crise exige medidas drásticas, “sem gradualismos”. Segundo especialistas consultados pelo g1, Milei pode ter dificuldade para pôr suas ideias em prática, já que inicialmente não conta com uma base ampla no Congresso argentino.

Os planos de fechar o BC e dolarizar preocupam o mercado, como ficou demonstrado pela forte aversão de investidores ao risco quando Milei foi o mais votado nas primárias, ainda em agosto. Como é feriado nesta segunda (20) na Argentina, os impactos da eleição de Milei só devem ser vistos na terça (21).

Veja abaixo algumas das promessas de Milei para a economia

Dolarização da economia – Um dos motes da campanha de Javier Milei era a promessa de dolarização da economia argentina. Dolarizar significa abandonar o peso argentino e ter o dólar norte-americano como moeda oficial do país.

Extinção do Banco Central – Outra promessa citada por Milei ao longo de sua campanha era a de extinguir o Banco Central da República Argentina (BCRA) – mais uma consequência da dolarização. Isso porque, dependente do dólar e do Fed, a Argentina abandonaria sua soberania monetária e pararia de fazer arbitragem de juros básicos na economia. O BCRA perderia o seu principal papel.

Saída do Mercosul e corte de relações com Brasil e China – Durante a sua campanha, Milei também fez comentários sobre uma possível saída da Argentina do Mercosul e sobre eventuais cortes nas relações internacionais do país com o Brasil e com a China.

Foto: Agustin Marcarian/Reuters

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