Nesta segunda-feira, aumentaram os rumores de que integrantes do governo federal têm conversado sobre uma possível substituição do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. O jornal O Globo chegou a noticiar que o ministro da Casa Civil, Rui Costa, estaria à frente do processo e iria apresentar nesta semana a Lula uma sugestão de substituto para Prates.
Rui Costa negou. “Apesar de ser citado nesta matéria, quero informar que não fui procurado e nem ouvido antes da publicação”, disse na rede social X.
Na verdade, a atuação de Prates estaria aborrecendo o próprio Presidente Lula e especificamente por causa do setor naval. De acordo com a agência Reuters, Lula quer mais contratações no Brasil para a construção de embarcações que serão usadas pela Petrobras, para que a empresa colabore com uma maior geração de empregos no país.
Mas isso também é o que deseja Rui Costa, que estaria lutando pela retomada dos contratos navais da Petrobras para assim retomar as operações do Estaleiro Enseada da Novonor, ex-Odebrecht, que fica em Maragojipe, na Bahia. Informações no âmbito do Estado afirmam que a reativação do Estaleiro seria uma das prioridades da Novonor.
Ainda segundo a Reuters, Lula quer também que a Petrobras retome as obras no setor de fertilizantes, produto que o Brasil tem ampla dependência de importações, embora seja uma potência agrícola.
Segundo fontes palacianas, o que Rui Costa pretendia era aproveitar o interesse de Lula em mudanças na Petrobras para assim emplacar uma pessoa de sua confiança, no caso o atual secretário do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), o baiano, Marcus Cavalcanti, que foi secretário de Infraestrutura da Bahia em sua gestão como governador do Estado. Com informações da agência Reuters.