O dólar fechou a segunda-feira (23) em queda de 0,29%, vendido a R$ 5,017. É a terceira sessão seguida de baixa para a moeda americana, que recuou 1,12% na semana passada.
Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), registrou sua quinta queda consecutiva, esta de 0,33%, e chegou aos 112.784,52 pontos. Na semana anterior, o indicador acumulou perdas de mais de 2%.
Expectativa pela divulgação de dados importantes nos EUA. Especialistas acreditam que a queda do dólar é um movimento de ajuste antes da publicação do PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos na quarta (25) e do índice de preços de despesas para consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês) na sexta (27). A depender dos dados, a moeda americana pode voltar a subir nos próximos dias.
Investidores também esperam pela reunião do BC americano na semana que vem. É consenso no mercado de que o Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA) vai decidir pela manutenção da taxa básica de juros. Paralelamente, porém, têm crescido os temores de que os juros voltem a subir em dezembro, deixando os custos dos empréstimos em patamares elevados por mais tempo.
Guerra ainda preocupa, e mercado teme invasão de Gaza por Israel. Soldados israelenses lutaram contra militantes do Hamas em terra, na Faixa de Gaza. Além disso, há sinais de que o conflito está se espalhando, com aeronaves de Israel atingindo o sul do Líbano durante a noite de domingo (22) e tropas lutando contra palestinos na Cisjordânia ocupada, segundo moradores.
A Petrobras (PETR4) foi a maior queda do dia, com perdas de 6,61%. Seu conselho aprovou a submissão de proposta de revisão do seu estatuto social à assembleia geral extraordinária (AGE), para criar uma reserva de remuneração do capital.A companhia afirmou, em comunicado, que a política de remuneração aos acionistas continua vigente, mas analistas do Citi avaliaram que a nova reserva pode dar mais flexibilidade à empresa para pagar ou não futuros dividendos extraordinários, o que poderia diminuir a remuneração da companhia a seus acionistas.
Estatal perdeu R$ 32,3 bilhões em valor de mercado apenas hoje. Após atingir seu recorde histórico em 18 de outubro, fechando com R$ 525,1 bilhões, a empresa viu seu valor diminuir em R$ 41,6 bilhões entre aquele dia e 23 de outubro, quando encerrou com R$ 483,4 bilhões, segundo levantamento do consultor Einawr Rivero. Essa redução é equivalente ao valor de mercado de empresas, como Sabesp ou Prio. No pregão de 23 de outubro, a Petrobras teve uma queda adicional de R$ 32,3 bilhões, o que equivale ao valor de mercado da Engie Brasil.
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