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MORADORES DO STIEP DESEMBOLSAM QUASE R$ 40 MIL PARA IMPLEMENTAR SEGURANÇA PRIVADA

João Paulo - 11/10/2023 08:57

O grande número de assaltos que vem assolando os bairros do Stiep e Costa Azul tem feito os moradores da região investirem pesado em segurança privada. Segundo reportagem do Jornal Correio, cerca de 60 moradores desembolsaram aproximadamente R$ 40 mil em quatro anos, para implementação de um sistema de câmeras de segurança, com 16 equipamentos, em quatro ruas do bairro: Solimões, Japurá, Purús e Araguaia. A ação popular atinge a região do antigo Centro de Convenções da Bahia (CCB), que também afeta os bairros do Costa Azul, Jardim Armação e Boca do Rio.

Segundo os moradores do bairro um dos motivos que tornou a região perigosa é o abandono do antigo centro de convenções.  Segundo a presidente da Amals, Elenize Velame, o aumento da criminalidade tem início no ano de 2016, quando parte da estrutura do CCB desaba, e o Governo do Estado anuncia demolição meses depois, em novembro. A decisão é suspensa no ano seguinte, por causa de uma determinação do Tribunal Regional do Trabalho da 5º Região (TRT-BA), responsável por penhorar a propriedade para garantir a dívida de R$49 milhões em encargos trabalhistas, com mais de 160 ex-funcionários da Bahiatursa, órgão substituído pela Superintendência de Fomento ao Turismo do Estado da Bahia (Sufotur), na atual gestão do governador Jerônimo Rodrigues (PT).

“O local é como se fosse um forte. Eles [criminosos] se sentem fortalecidos e utilizaram o espaço como esconderijo, que possui três saídas, facilitando a entrada e fuga. A situação nos deixa angustiados. É tão sério que evitamos sair a partir de certa hora da noite”, pontuou Velame.

O espaço de 153 mil m², que já recebeu eventos como o 12º Congresso da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2010, e a Conferência de Intelectuais da África e da Diáspora (II CIAD), em 2006, hoje é utilizado como rota de fuga de criminosos, como indica o presidente do Conselho Comunitário de Segurança da região, Bruno Cardoso. “As pessoas que cometem os delitos enxergam no espaço um esconderijo, que pode servir de abrigo após furtos e assaltos. Drogas e certos pertences já foram encontrados no espaço, por exemplo. Isso torna a região insegura para os moradores”, disse Cardoso.

Crédito: Paula Fróes

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