No último mês de julho, a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um relatório em que aponta para o crescimento da fome no Brasil e no mundo. As informações são de que cerca de 70,3 milhões de brasileiros encontram-se em situação de insegurança alimentar. A insegurança alimentar, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), acontece quando as pessoas não têm acesso regular e permanente a alimentos em quantidade e qualidade suficientes para sua sobrevivência.
De acordo com Rafaela Debiasi, especialista em investimentos para o segmento agro há mais de dez anos, a insegurança alimentar é uma preocupação crescente, com aproximadamente 1,14 bilhão de pessoas enfrentando essa situação em 83 países de baixa e média renda, de acordo com outro relatório, do USDA (Departamento da Agricultura dos Estados Unidos). “Esse relatório destaca a persistência da insegurança alimentar em muitas partes do mundo, onde uma parcela considerável da população não consegue atingir a recomendação diária de calorias necessárias para uma vida saudável”, explica.
Segundo Rafaela, combater a insegurança alimentar é um desafio persistente, apesar das melhorias conseguidas pelos países ao longo dos anos. “Nesse cenário, o agronegócio desempenha um papel significativo na resposta a esse desafio global. O setor agrícola em muitos países, incluindo o Brasil, é fundamental para garantir o acesso a alimentos suficientes e nutritivos”, afirma. A especialista reforça que é crucial reconhecer que o agronegócio em diversos países contribui para a disponibilidade global de alimentos. “Com produção sustentável e eficiente, esses países desempenham um papel vital em fornecer produtos essenciais para nações que enfrentam desafios de segurança alimentar”, diz ela.