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DINO GARANTE QUE NÃO RETORNARÁ À POLÍTICA SE FOR INDICADO AO STF

João Paulo - 30/09/2023 07:50 - Atualizado 30/09/2023

Apontado como favorito para assumir a cadeira de Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro da Justiça, Flávio Dino, tenta esvaziar a principal crítica dos opositores à sua indicação: a de que pode usar a Corte como trampolim para disputar a Presidência da República. Ao GLOBO, ele afirmou que “jamais” voltaria à política caso a nomeação se concretize, num momento em que o afunilamento da corrida pela vaga já tem consequências para além da esquerda. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que a tendência do partido de Jair Bolsonaro é apoiar a eventual escolha de Dino, que é filiado ao PSB. A declaração provocou insatisfação na sigla, sobretudo do senador Flávio Bolsonaro (RJ), filho do ex-presidente.

— Se um dia, talvez, eu fosse para o Supremo e pensasse em retornar à política, haveria uma premissa de que eu usaria a toga para ganhar popularidade. Isso eu não farei, ou faria. Jamais. Seria uma decisão definitiva. Ou será, sei lá — afirmou Dino, deixando claro que a própria indicação está em seu horizonte.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou a interlocutores, segundo a colunista Malu Gaspar, do GLOBO, que está decidido a indicar o ministro da Justiça para substituir Rosa, que vai se aposentar do tribunal na próxima semana, quando completará 75 anos. Entoando o discurso de que não faz campanha ao posto, Dino tem a preferência dos ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, do Supremo.

Também estão no páreo pela vaga o titular da Advocacia- Geral da União (AGU), Jorge Messias, nome patrocinado pelo PT; e o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, que tem simpatia de representantes da classe política, como o senador Davi Alcolumbre (União-AP), com quem Dino jantou na quarta-feira, e do próprio ministro Gilmar Mendes.

Foto: Cristiano Mariz

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