O senador Renan Calheiros (MDB-AL) espera apenas o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, fazer a leitura do requerimento, para instalar a CPI da Braskem. O requerimento já tem 45 assinaturas, 18 a mais do que o necessário. A instalação da CPI pode afetar diretamente a Braskem e reduzir seu valor de mercado, no momento em que a empresa está negociando a vendas da ações do seu controlador a Novonor (ex-Odebrecht).
A bancada do PT não está confortável, pois a CPI pode impactar também a Petrobras que é dona de 36% das ações da empresa.
A petroquímica foi responsável pelo afundamento de solo em ao menos cinco bairros de Maceió no começo de 2023. Em julho, a empresa anunciou que acertou acordo para pagamento de R$ 1,7 bilhão relacionado a indenização, compensação e ressarcimento da cidade por conta dos danos causados.
Além da CPI, o senador também entrou com ação junto ao Tribunal de Contas da União (TCU). Nela, pede a suspensão da venda da Braskem até que todas as indenizações sejam pagas.
Na lista de assinaturas pela CPI, constam nomes da base e da oposição. Nomes como Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) e Damares Alves (Republicanos-DF), por exemplo, aparecem lado a lado. Mas só um senador do PT assina o documento: Paulo Paim.