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CERCA DE 25% DOS BRASILEIROS QUEREM TROCAR DE EMPREGO EM ATÉ 12 MESES, DIZ PESQUISA

LUIZA SANTOS - 25/09/2023 15:44

Os profissionais brasileiros desejam trocar de emprego em até 12 meses. De acordo com a pesquisa “Hopes and Fears 2023” realizada pela PwC, a principal motivação seria porque 21% dos brasileiros estão com dificuldades de arcar com os boletos e 39% depois de pagar todas as contas, afirmam que não sobra nada ou muito pouco da receita.

De acordo com Alex Araujo CEO da 4Life Prime, os números são reflexos de um mercado de trabalho esgotado sem inovações, cada vez mais exigindo resultados e metas, comprometendo a saúde mental dos colaboradores. O número de profissionais estressados e com burnout nunca foi tão alto nos últimos anos. Há uma necessidade de equalizar compromissos, de melhorar a qualidade de vida dos colaboradores e fidelizá-los à empresa.

Um dos temas do estudo é que as empresas precisam se reinventar para atrair e fidelizar colaboradores, mantendo sua relevância não apenas para o mercado que atua, mas para seus clientes internos (colaboradores). A cultura da empresa e a inclusão continuam sendo uma das maiores preocupações dos colaboradores. Entre os que afirmaram que é provável que mudem de emprego, menos da metade (47%), afirmou que considera o seu atual emprego gratificante, em comparação com os 57% que não mudarão de local.

Um em cada cinco trabalhadores (21%), tem atualmente vários empregos, sendo que 69% fazem porque precisam de renda adicional para quitar dívidas. Para Fernando Lamounier, educador financeiro e diretor da Multimarcas Consórcios, a educação financeira precisa ser mais incentivada para organização das finanças, evitando assim o endividamento que leva os brasileiros a procurarem rendas extras.

“A consciência de gastos e o planejamento para realização de grandes projetos beneficia não apenas o detentor do dinheiro, mas todos ao seu redor. Identificar os pontos de melhoria, analisar o mercado e traçar os objetivos é o básico para o planejamento anual, assim você estará preparado para longos períodos e evitará endividamentos”, explica Lamounier.

Com o aumento da pressão econômica, a proporção de trabalhadores a pleitear aumento salarial por ano, aumentou de 35% a 42%, comparado com o relatório do ano anterior. Entre o grupo com dificuldade financeira o número passou para 46%. Este grupo, são menos capazes de enfrentar os desafios futuros, incluindo a necessidade de desenvolver novas competências ou de se adaptarem às tecnologias da IA.

FOTO: Divulgação / Agência Brasília

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