Os cereais, leguminosas e oleaginosas, grupo de 15 produtos comumente chamados de grãos, são commodities responsáveis por quase R$ 7 em cada R$ 10 gerados pela agricultura brasileira (68,5% do valor total nacional, ou R$ 568,2 bilhões). Na Bahia, este percentual é um pouco maior: 69,7% do valor total estadual ou R$ 29,5 bilhões. O estado teve queda na produção de grãos, entre 2021 e 2022, de 10,8 milhões de toneladas para 10,2 milhões (-5,8%). Ainda assim, o valor da produção em 2022 chegou a R$ 29,5 bilhões, 17,5% a mais do que em 2021 (R$ 25,1 bilhões), e o mais alto desde o início do Real, em 1994.
Assim, a Bahia manteve a 7ª participação no valor gerado pelos grãos no país, com 5,2% do total nacional, que foi de R$ 568,2 bilhões. A fatia do estado no valor nacional dos grãos cresceu frente a 2021, quando era 4,7% do total. O algodão foi o produto agrícola com o maior crescimento absoluto do valor gerado da Bahia: de R$ 4,1 bilhões em 2021 para R$ 7,3 bilhões em 2022 (mais R$ 3,2 bilhões ou +79,4% em um ano). O grão tem o segundo maior valor de produção da agricultura do estado, que representa 17,7% do total.
Além disso, o volume de produção do algodão no estado também aumentou. Em 2022, foram colhidas 1,357 milhão de toneladas, 166 mil toneladas a mais do que em 2021 (+13,9%). Com isso, a Bahia se manteve como o 2º maior produtor de algodão do Brasil, tanto em quantidade (21,1% do total nacional), quanto em valor (22,0% do total gerado pelo produto). Só fica atrás de Mato Grosso, que detém 68,5% da produção brasileira de algodão (4,4 milhões de 6,4 milhões de toneladas) e 70,8% do valor gerado pela cotonicultura (R$ 23,5 bilhões de R$ 33,1 bilhões).
Já a soja, principal produto agrícola da Bahia, em valor e quantidade produzida, foi quem puxou a redução da produção de grãos no estado, em 2022. No ano passado, foram colhidas 6,1 milhões de toneladas do produto, 11,2% a menos do que em 2021 (-766 mil toneladas). Ainda assim, houve aumento no valor da produção da soja no estado, que passou de R$ 17,5 bilhões em 2021 para R$ 18,1 bilhões em 2022, um recorde desde o início do Plano Real (mais R$ 614,4 milhões ou +3,5% em um ano).
A soja respondia, em 2022, por R$ 4 de cada R$ 10 gerados pela produção agrícola baiana (42,9% do valor total do estado). Mesmo com a redução na produção, a Bahia seguiu a 7ª maior produtora nacional da oleaginosa, com 5,0% das 120,7 milhões de toneladas colhidas em todo o Brasil, em 2022. Terceiro produto que mais gera valor para a agricultura baiana, o milho em grão rendeu, em 2022, R$ 3,2 bilhões ou 7,6% de todo o valor agrícola do estado. Também foi um montante recorde para o produto desde o início do Real, com aumento de 24,1% frente a 2021 (mais R$ 625,4 milhões).
Além da alta no valor da produção, houve discreto aumento no volume de milho colhido em 2022, que foi de 2,5 milhões de toneladas, 10.944 toneladas a mais que em 2021 (+0,4%). Apesar da variação positiva, a Bahia caiu do 8º para o 9º lugar no ranking nacional de produtores, mas subiu do 10º para o 9º lugar em relação ao valor da produção.
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