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CRIPTOMOEDAS VOLTAM A CAIR E TÊM SEU PIOR DIA EM 2022

Redação - 15/06/2022 07:40 - Atualizado 15/06/2022

Com o Bitcoin, por exemplo, perdendo metade do seu valor em seis meses as criptomoedas vivem um 2022 muito complicado. Na última segunda (13) a situação se agravou, arrastando o valor de mercado das criptos para menos de US$ 1 trilhão. Plataformas de negociação interromperram saques, empresas cortaram empregos e investidores desistiram de suas posições. O Bitcoin, criptomoeda mais valiosa atualmente, caiu para menos de US$ 23 mil, baixa mais forte em 18 meses, com redução de 15% de seu valor em 24 horas. Já o ethereum, que fica atrás do bitcoin, caiu 17%, segundo reportagem da CNBC. Mas o que levou a esse dia turbulento?

Há semanas, cresce a preocupação de que a Celsius, uma das plataformas mais populares de empréstimos de criptomoedas, esteja no meio de uma crise de liquidez. A Celsius oferece aos usuários rendimentos de até 18,63% em seus depósitos. É como um produto que um banco ofereceria, exceto que não tem nenhuma das salvaguardas regulatórias. Segundo o artigo da CNBC, os US$ 26 bilhões em fundos de clientes da empresa caíram mais da metade desde outubro. A Celsius já havia admitido perder fundos, embora não tenha especificado quanto. No início da segunda-feira, a Celsius chocou o mercado, anunciando que todos os saques, swaps e transferências entre contas foram pausados ​​devido a “condições extremas de mercado”. Em um memorando dirigido à Comunidade Celsius, a plataforma também disse que a medida foi projetada para “estabilizar a liquidez e as operações”.

“Estamos tomando essa ação hoje para colocar a Celsius em uma posição melhor para honrar, ao longo do tempo, suas obrigações de retirada”, disse o memorando. A Celsius efetivamente bloqueou seus US$ 12 bilhões em ativos criptográficos sob gestão, levantando preocupações sobre a solvência da plataforma. A notícia se espalhou pela indústria de criptomoedas, e as ações da plataforma de negociação de criptomoedas Coinbase caíram 11%, para o menor nível desde que a empresa abriu o capital em abril de 2021. Somado a isso, diferentes empresas vem crescendo suas demissões para cortar custos ao cortar empregos. Na segunda-feira, a startup BlockFi anunciou que reduziria o número de funcionários em cerca de 20%. Antes dos últimos cortes, a empresa expandiu de 150 funcionários no final de 2020 para mais de 850.

O CEO Zac Prince disse em um tweet que o BlockFi foi impactado pela “mudança dramática nas condições macroeconômicas”, que tiveram um “impacto negativo” no crescimento.No final da semana passada, a Crypto.com anunciou uma redução de pessoal de 260 pessoas, apenas sete meses depois que a empresa ganhou os direitos de nomeação da arena que abriga o Los Angeles Lakers da NBA em um acordo de US$ 700 milhões. No início deste mês, a Gemini disse que demitiria 10% de sua força de trabalho e alertou que a indústria está em uma “fase de contração” conhecida como “inverno criptográfico”.

Foto: divulgação

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