Em entrevista à Reuters, o conselheiro especial da BYD no Brasil, Alexandre Baldy, se mostrou insatisfeito com a atitude da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Eles defendem a volta dos impostos de importação para carros elétricos, que foi zerada em 2015, durante o mandato da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT).
Na última semana, o presidente da associação de montadoras de veículos Anfavea, Márcio Leite, afirmou a jornalistas que o fim da isenção de imposto vai ocorrer ao longo de três anos e deve ser anunciado neste mês.
O conselheiro da BYD disse que não teve qualquer discussão com o Governo Federal sobre o retorno da taxação.
“É descabido imaginar que o presidente de uma entidade dessa envergadura (Anfavea) possa colocar palavras na agenda de um governo que lutou tanto para trazer a COP 30 para o Brasil e dizer que vai haver uma taxação de carros elétricos que visam justamente contribuir para a proteção ao meio ambiente”, disse.
As vendas de carros eletrificados (híbridos e totalmente elétricos) têm passado por uma crescente nos últimos meses no Brasil, com o total acumulado de janeiro ao fim de agosto quase igualando todo o volume de 49,2 mil unidades de 2022, de acordo com dados da Abve (Associação Brasileira do Veículo Elétrico).
Ainda em agosto, a BYD teve o segundo carro eletrificado mais emplacado do Brasil. Em 2024, a montadora chinesa vai assumir o comando de uma planta da antiga Ford, que fica em Camaçari, na Bahia.
Foto: Divulgação/BYD