Com o objetivo de buscar soluções para o uso eficiente de fertilizantes, a Caravana Embrapa FertBrasil, chega à Bahia, no dia 29 de agosto (terça-feira), no Parque de Exposição Dr. Reginaldo Sarmento, em Inhambupe. O evento é coordenado pela Embrapa e conta com a correalização regional da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri).
A caravana é uma jornada que percorre as principais regiões agrícolas brasileiras, tem por objetivo oferecer uma atualização sobre as novas tecnologias de boas práticas no manejo de solos, água e plantas relacionadas a utilização de substâncias aplicadas em uma lavoura.
O pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju), Lafayette Franco Sobral, um dos mais experientes especialistas em fertilidade do solo no Brasil, conta que o uso eficiente dos fertilizantes exige um diagnóstico correto de possíveis problemas de fertilidade do solo e nutrição de plantas antes da adubação ou correção do solo.
“Com uma cultura perene, como a laranja, o coco, o ideal é que você conheça o PH do solo, a matéria orgânica, a quantidade de fósforo, de potássio, de cálcio, de magnésio, bem como a acidez do solo que é muito importante porque a pessoa já tem uma ideia da quantidade de calcário que vai ser colocada para corrigir a terra. E a análise da folha te dá um complemento essencial para saber o estado nutricional da folha e o que ela está precisando”, explica.
Por meio de técnicas sustentáveis de plantio é possível aumentar a qualidade do solo e conseguir uma boa produtividade. Sobral conta que “há muito tempo era comum usar a grade aradora (uma técnica usada para rompimento e suavização da superfície do solo), porém estragava o solo. Hoje em dia, faz a técnica de corte utilizando roçadeira e o uso de herbicida para manter o solo limpo, sendo uma das formas de manejo sustentável da terra”.
Atualmente, o Brasil importa mais de 80% dos fertilizantes usados para melhorar a produtividade e a qualidade de nossas plantações. Com a atual guerra entre a Rússia e a Ucrânia, agravou a dependência do país com esses insumos e afetou a economia brasileira.
Foto: Divulgação/Embrapa
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