O Brasil, em breve, enviará especialistas em saúde para Cuba, após a saída forçada de milhares de médicos cubanos do país durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A informação foi divulgada pelo líder da Assessoria Especial da Presidência, Celso Amorim. O assessor, que também é ex-ministro das Relações Exteriores do Brasil, teve um encontro com o presidente Miguel Díaz-Canel na última sexta (18), durante o qual entregou uma carta enviada pelo presidente Lula (PT).
Essa carta é vista como uma demonstração da intenção de ambos os países de revitalizar e fortalecer suas relações, conforme anunciado pela presidência cubana através das suas redes sociais. Amorim também adiantou que um grupo de empresários planeja viajar em breve para Cuba com o intuito de discutir diversos temas, incluindo a área da agricultura.
“Queremos fazer da relação entre Brasil e Cuba uma relação exemplar, de grande amizade, que também contribua para a paz em nossa região”, disse Amorim.
Essa medida poderia revitalizar o programa Mais Médicos, que, durante as administrações anteriores de Lula e Dilma Rousseff, possibilitou a contratação de mais de 8,3 mil médicos cubanos para o Brasil. Esses profissionais retornaram à ilha há mais de quatro anos, depois que Cuba decidiu sair do programa no final de 2018.
Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil