Foi determinado pelo Cardeal Arcebispo Metropolitano e Primaz do Brasil, Dom Sergio da Rocha, a deposição de Jorge Nunes Contreiras da função de juiz da Irmandade Devoção do Senhor do Bonfim. A mesa administrativa também foi afastada.
Além disso a Irmandade do Bonfim passará por intervenção. O padre José Abel Carvalho Pinheiro será o interventor, por 180 dias. A informação foi confirmada ao Bahia Econômica pela assessoria da Arquidiocese de Salvador, que negou o boato envolvendo um possível afastamento de padre Edson Menezes, reitor da Basílica do Bonfim.
Segundo o documento, o decreto do Cardeal considerou “o surgimento de conflitos na devoção do Senhor Bom Jesus do Bonfim, o descumprimento do Estatuto e do Regimento Interno da Devoção, a manutenção do diálogo entre os membros e deles com a Arquidiocese”, dentre outros.
Padre Edson Menezes está à frente da Basílica do Senhor do Bonfim há 16 anos. Ele considerou que a intervenção na Irmandade do Bonfim vai fazer com que a sua atuação na Basílica volte ao normal, após a entidade afirmar em nota que o padre teria embolsado R$ 50 mil com o comércio de artigos religiosos.
“Depois de tudo que sofri é um passo que foi dado para que a justiça seja feita, e a verdade prevaleça. 15 anos à frente da Basílica, tenho tudo que comprove minha idoneidade. As pessoas que me acusaram, inclusive o juiz, não tem conhecimento de como as coisas funcionam aqui na igreja, elas não participam da igreja. Fui acusado de absurdos, de não prestar contas para arquidiocese, de retirar da Basílica 50 mil reais como se fosse pro meu bolso. A sensação é de alívio e de justiça feita”, afirma o Padre Edson, para o jornal Tribuna da Bahia.
Foto: Max Haack/Ag Haack