O ex-presidente e os ex-ministros Braga Netto (Casa Civil) e Eduardo Pazuello (Saúde) não se manifestaram sobre o caso
A PGR (Procuradoria-Geral da República) pediu para a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) compartilhar os relatórios que foram elaborados durante a pandemia de Covid-19, no governo de Jair Bolsonaro (PL). Segundo informações da Folha de S. Paulo, foram escondidos mais de 1.100 documentos com análises sobre a crise sanitária durante gestão do ex-presidente.
“O objetivo é avaliar os relatórios para verificar se há eventual fato novo”, disse em nota o órgão comandado pelo procurador-geral da República, Augusto Aras.
A Abin e o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) produziram, ao menos de março de 2020 a julho de 2021, relatórios com projeções de casos e mortes pela Covid-19 no Brasil, assim como de análises sobre impacto político do avanço da pandemia. Inclusive os agentes de inteligência relatam que nos documentos, o distanciamento social e a vacinação como formas efetivas de controlar a doença, estudos que desaconselham o uso da cloroquina e alertam sobre possibilidade de colapso da rede de saúde e funerária no país.
Os relatórios foram produzidos para as discussões do comitê chefiado pela Casa Civil sobre as ações do governo durante a pandemia, segundo integrantes da gestão passada. Os documentos não eram apresentados a todo o comitê e chegavam às mãos de assessores de poucos ministros.
O ex-presidente e os ex-ministros Braga Netto (Casa Civil) e Eduardo Pazuello (Saúde) não se manifestaram sobre o caso.
Foto: Divulgação / Agência Brasil
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