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DESENROLA JÁ TIROU DO NEGATIVO 6 MILHÕES DE PESSOAS COM DÍVIDAS

João Paulo - 31/07/2023 11:00

O programa do governo federal “Desenrola Brasil”, que tem o objetivo de ajudar brasileiros a limparem seu nomes e conseguirem crédito, terminou a sua primeira fase na última sexta-feira com 6 milhões de dívidas retiradas dos registros de negativados. Os dados foram divulgados pelo jornal O Globo. — Passamos de 6 milhões de desnegativações de dívidas de até R$ 100. O fato de alguns bancos terem feito isso gerou uma pressão competitiva para que outros fizessem — diz o secretário de Reformas Econômicas, Marcos Barbosa Pinto.

O secretário explica que não é possível afirmar se os 6 milhões de débitos retirados equivalem ao mesmo número de pessoas, já que um mesmo CPF pode ter mais de uma dívida cadastrada. Os birôs de crédito, que concentram os registros, não podem compartilhar dados de CPFs. O secretário avalia que os bancos estão disputando o espaço que será liberado no orçamento das famílias, para conceder novos empréstimos: — Temos visto bancos que, apesar de não terem o benefício regulatório que nós estamos dando para fazerem a renegociação estão fazendo ofertas para a população.

O Desenrola entrou em vigor com dois objetivos. O primeiro é tirar do cadastro negativo as pessoas com dívidas de até R$ 100 em 31 de dezembro de 2022. O segundo é conceder crédito tributário para que bancos renegociem dívidas de negativados com renda de até R$ 20 mil.

A próxima fase está prevista para setembro e irá incluir as contas de itens essenciais, como água e luz, e dívidas com varejistas. Dívidas bancárias de até R$ 5 mil para quem ganha até dois salários mínimos entrarão em uma espécie de leilão, em uma plataforma virtual que foi criada pelo governo.

As empresas e os bancos precisarão oferecer as melhores condições para os consumidores, para assim conseguir renegociar as dívidas com garantia totalmente coberta pelo governo através do Fundo Garantidor de Operações (FGO). Segundo o secretário, os varejistas já estão atuando antecipadamente antes do lançamento da terceira fase. — Temos observado que há varejistas, que não estão na segunda fase, fazendo ofertas bem interessantes para a população. É uma pressão competitiva para oferecer mais para a população.

Foto: divulgação

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