O ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), disse nesta sexta-feira (28) que o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), “fecha os olhos” para a “gravidade” da situação da saúde pública na Bahia, em especial da fila da regulação.
Segundo ele, o governador segue se esquivando da responsabilidade, chegando a culpar os prefeitos pelo problema, e que os governos petistas foram incapazes de ampliar as vagas de atendimento no interior e de implantar um sistema eficaz na regulação.
“O governador Jerônimo acha que a saúde pública da Bahia vai muito bem e fecha os olhos para a gravidade da situação. Mas os milhares de baianos que vivem a dura realidade da fila da regulação não querem saber de desculpas. A vida não espera”, destacou o ex-prefeito da capital baiana.
Neto ressaltou que, em Feira de Santana, 130 pessoas morreram na fila no primeiro semestre deste ano, segundo dados da Prefeitura. No ano passado, foram mais de 300 óbitos no município à espera de atendimento na rede estadual de saúde. “A gente sabe que, na Bahia, existem vários buracos assistenciais, regiões desprovidas de hospitais regionais, e pessoas que, para conseguir um atendimento médico, precisam esperar um longo tempo, quando conseguem esperar, até serem encaminhadas para uma grande cidade”, frisou.
“Outro dia, vi ele dizendo que o problema é dos prefeitos. Ora, governador, o problema é do governo do Estado. O problema é de vocês que governam a Bahia há 17 anos e que foram incapazes de melhorar o padrão da qualidade do serviço na saúde pública da Bahia, que foram incapazes de ampliar as vagas para dar mais assistência ao interior, que foram incapazes de implantar um sistema moderno de regulação como já existe em vários lugares do Brasil”, afirmou.
“Então está na hora de parar de ficar procurando culpados e desculpas e de começar a trabalhar. Porque, governador Jerônimo, os baianos não podem ficar mais esperando na fila da regulação. As famílias não podem mais continuar sofrendo ao ver que os seus entes queridos, muitas vezes, acabam morrendo por falta de atendimento médico em nosso estado”, complementou.
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