A retirada do dispositivo que garantiria incentivos à BYD, em sua chegada à Bahia, durante a aprovação da PEC da Reforma Tributária, tem gerado grandes discussões no mundo político nas últimas semanas. Um dos apontados como “culpado”, é o deputado federal Otto Filho (PSD), pois seu voto seria decisivo para a derrota baiana na Câmara dos Deputados.
Seu pai, o senador Otto Alencar (PSD), saiu em defesa, afirmando que o parlamentar baiano votou contrário pois não queria que o subsídio tivesse prazo, como estava no texto, até 2033.
“Durante as negociações, ele defendia que o subsídio para a implantação das fábricas no Nordeste não tivesse prazo. O relator [Aguinaldo Ribeiro] queria colocar um prazo até 2033. Ele defendia que não houvesse o teto até 2033. Que os estados do Nordeste tivessem essa possiblidade de ter o direito a dar incentivo até o desenvolvimento equânime”, disse, em entrevista à Rádio Metropole.
O senador baiano alfinetou a ala do PT, alegando também que o voto também foi adotado pelos deputados da região Sul, filiados ao Partido dos Trabalhadores, legenda do presidente Lula e do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues.
“Não foi só ele [Otto Alencar Filho] quem votou. O ex-presidente do PT [Rui Falcão], lá de São Paulo, votou contra também. O líder do PT, Zé Dirceu, votou contra. Mas sobrou para ele [Otto Alencar Filho]. Todo o PT do Sul votou contra. Aí botaram essa cruz para carregar. É coisa da política”, afirmou.
Foto: Cleia Viana | Câmara dos Deputados / Divulgação | Agência Senado