A saúde financeira dos bares e restaurantes da Bahia não é das melhores, de acordo com dados revelados pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). Em junho, entre os dias 24 e 31, a associação realizou uma pesquisa com empresários do setor e apontou que mais da metade dos estabelecimentos (53%), possuem pagamentos em atraso.
Dentre as dívidas vencidas, estão impostos, fornecedores ou serviços públicos. Os dados revelam que entre as empresas que têm débitos em atraso, 86% devem impostos federais, como imposto de renda, pis/cofins ou parcelas do Simples.
Outros 45% são serviços de água/luz/gás/telefonia, 41% devem impostos estaduais, 34% têm débitos com fornecedores de insumos, 31% encargos trabalhistas, 24% estão com o aluguel atrasado e 21% taxas municipais.
A pesquisa aponta ainda que 41% dos entrevistados trabalharam em maio com prejuízo. Enquanto isso, a porcentagem de empresas que tiveram lucro foi de 31% e as que “empataram” (lucro x prejuízo), foi de 28%.
“Infelizmente ainda temos 69% dos bares e restaurantes trabalhando no prejuízo ou sem conseguir gerar lucro. Desde o fim da pandemia esperamos programas de ajuda real ao segmento, mas as autoridades não têm dado à devida importância ao segmento, que está prestes a viver um colapso, e é um dos maiores empregadores do estado”, destaca o presidente da Abrasel na Bahia, Leandro Menezes.
Caso mude o cenário, a mesma pesquisa aponta que 33% dos empresários pretendem contratar e outros 49% querem manter o quadro atual. Apenas 17% indicaram que pretendem demitir. O estudo revela ainda que 86% dos entrevistados contratam sem experiência e quase totalidade dá o primeiro emprego e capacita a mão de obra internamente.
Por fim, 79% têm política de ascensão profissional, quatro em cada cinco empresas têm política, mesmo que informal, para reconhecer e promover talentos.
Foto: Bruno Concha/Secom-PMS
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