Para surpresa de analistas, os números do Censo Brasil, divulgados pelo Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que o Brasil tem 203.062.512 de habitantes. O número veio abaixo das projeções anteriores do órgão. Em 2021, o prognóstico apontava que país teria ao menos 213 milhões de habitantes. Em dezembro de 2022, já com dados prévios do levantamento, o IBGE revisou a estimativa para 207,7 milhões, ou seja 4,7 milhões de pessoas acima do cálculo final.
Os números também mostram que a população brasileira registrou um aumento de 6,45% em relação à edição anterior da pesquisa, em 2010, que havia contabilizado 190.755.799 de pessoas. Em números absolutos, houve um crescimento de 12.262.757 habitantes. A taxa de crescimento nesses 12 anos foi de 0,52% ao ano, o menor nível da série histórica.
Veja mais alguns detalhes :
Fundo de participação:
A distribuição do Fundo de Participação de Estados e Municípios (FPM) pelo Tribunal de Contas da União (TCU) é uma das atribuições do Estado que leva em conta números Censo. Para a grande maioria das cidades — todas aquelas que não são capitais e que têm menos de 142.633 habitantes —, o critério utilizado para o repasse de recursos é populacional.
O número de habitantes contabilizado pelo IBGE define o coeficiente em que a cidade se enquadra. Esse índice determina qual será a participação de determinado município no fundo. Quanto menor a população, menor o coeficiente – e, portanto, menor o valor do repasse realizado pela União. A diminuição da população em relação às estimativas anteriores pode alterar o enquadramento dos municípios. Em 2023, não haverá mudança na distribuição, pois o TCU havia estabelecido que seriam aplicados os mesmos parâmetros de distribuição utilizados no ano passado. Para 2024, no entanto, esses números ainda não foram definidos.
(Imagem: Tânia Rêgo/ Agência Brasil)