Em 2022, o Brasil registrou um total de 50.355 pedidos de refúgio, de acordo com dados divulgados pelo Observatório das Migrações Internacionais (OBmigra). Esse número representa um aumento de 73% em comparação com os pedidos registrados no ano anterior, que totalizaram 29.107.
Os pedidos foram apresentados por pessoas de 139 países diferentes, sendo que 67% deles foram feitos por venezuelanos, 10,9% por cubanos e 6,8% por angolanos. Essas três nacionalidades correspondem a 84,7% do total de solicitações.
No ano de 2021, o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, analisou um total de 41.297 pedidos provenientes de solicitantes de refúgio oriundos de 141 países. Esse número elevado de nacionalidades analisadas se deve ao fato de que o Conare avaliou pedidos tanto do ano de 2022 quanto de anos anteriores.
Do total de pedidos analisados, 57,8% foram apresentados em estados da Região Norte do Brasil, com Roraima (41,6%), Amazonas (11,3%) e Acre (3,3%) registrando os maiores volumes. Dentre os pedidos analisados, 5.795 pessoas tiveram sua condição de refugiadas reconhecida no Brasil, sendo a maioria venezuelanas (77,9%) e cubanas (7,9%). Dos refugiados reconhecidos, 56% são homens e 44% são mulheres. A maioria deles alegou graves violações de direitos humanos como motivo para buscar refúgio no Brasil. No final de 2022, o Brasil tinha um total de 65.840 pessoas com status de refugiado reconhecido. Fonte: Agência Brasil
Foto: Paulo Pinto – Agência Brasil
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