Advogado que defendeu o presidente durante toda a operação Lava Jato é o indicado de Lula (PT) ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O advogado Cristiano Zanin foi ao Senado Federal nesta quarta (21) para ser sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da casa. Ele foi o indicado do presidente Lula (PT) para a cadeira do Supremo Tribunal Federal (STF) deixada por Ricardo Lewandowski. Durante o seu discurso, pouco antes do início das perguntas dos senadores, Zanin tentou se afastar o rótulo de “advogado de Lula” ou até de “advogado de luxo” de Lula (PT), político a quem defendeu durante a operação Lava Jato.
De acordo com Zanin, esses rótulos vem de pessoas que não conhecem a sua história e por ter defendido o atual presidente com base nas leis brasileiras e na Constituição Federal de 1988. “Sou advogado. Alguns me rotulam como advogado pessoal, porque lutei contra interesses pessoais, sempre respeitando as leis brasileiras e a Constituição”, pontuou o advogado.
Ainda segundo o profissional, o outro rótulo que o dão é devido ao fato dele advogar sempre e com base estrita das leis do Brasil. “Também me classificam como advogado de luxo, porque defendi, estritamente com base nas leis brasileiras, causas empresariais de agentes institucionais importantes para a economia e que empregam milhares de pessoas. Ainda me chamam de advogado de ofício, como se fosse um demérito”, continuou Zanin.
O então candidato ao mais alto posto do magistério brasileiro ainda conclui dizendo que sempre buscou atuar lutando pelo o que acredita. Segundo ele, isto é algo é muito pesado e tem um custo elevado para muitas pessoas. ” […] é mais caro para qualquer profissional do direito: a Justiça”, finalizou o advogado.
Foto: Lula Marques/Agência Brasil