Em discurso para representantes de povos indígenas, governador afirmou que espera mais ritmo de equipe do seu secretariado.
Em discurso durante o 5º Acampamentos dos Povos Indígenas, onde se encontrou com lideranças de cerca de 30 povos originários na área externa da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), o governador Jerônimo Rodrigues (PT) perdeu a paciência e mandou um duro recado para seu secretariado. Esse puxão de orelha foi motivado por aparentes queixas da superintendente de Políticas para os Povos Indígenas, Patrícia Pataxó, de que colegas da estrutura de governo não teriam atendido a pleitos feitos por ela e pelos povos indígenas ali presentes.
“Quem não se manifestou, tá em tempo de mandar uma mensagem para a superintendente e dizer “olha, eu ouvi o recado do governador”. Não preciso dizer quem foi não. Se reporte dizendo que está disponível para atender aos pedidos dos meus parentes indígenas”, afirmou o governador, antes de pontuar que espera por mais “ritmo”, lembrando da sua atuação à frente da Secretaria de Educação no governo Rui Costa (PT).
“Quero mais ritmo. Quando eu estava secretário do governador Rui Costa (PT), eu sabia do meu dever e do que precisava fazer para sair na frente dele como assessor. O governador julga se aquilo ali vale ou não, mas o secretário que apresenta. Então, tínhamos uma pauta de indígenas e não foi como eu quis. O que eu quero é que os secretários apresentem possibilidades. Estou no aquecimento ainda nesses cinco meses, mas daqui a pouco vamos correr e ter mais responsabilidades”, frisou Rodrigues (PT).
O petista afirmou ainda que vai ampliar o número de residências para estudantes indígenas, mas ressaltou que os “anúncios serão feitos na hora correta”. Segundo Jerônimo (PT), existem “[…] universidade que garante bolsa para que o indígena possa alugar casas, ter uma vida autônoma, além proporcionar a permanência no local para quem não tem condições. Tem universidades que têm residências indígenas, como é o caso da Universidade Estadual de Feira de Santana. Lá, nós temos uma residência que cabe 38 estudantes indígenas, mas a reitora levantou a possibilidade de acrescentar para mais 40. Nós vamos ter que executar a ampliação do local, fora os restaurantes universitários”, explicou o governador.
Além de Feira de Santana, outro município que está entre as localidades que vão ter ações de desenvolvimentos nas universidades está o município de Jeremoabo, Lá também serão desenvolvidas ações voltadas aos povos originários. “Ali nós vamos compartilhar para fazer educação indígena. É um curso regional. Já bastam os livros que não contam as nossas histórias. Não é só contar, é negar a nossa história”, finalizou Jerônimo Rodrigues (PT).
Foto: Matheus Pereira/GovBA
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