quarta, 26 de junho de 2024
Euro 5.8457 Dólar 5.4571

DÍVIDA PÚBLICA FEDERAL ATINGE R$ 6 TRILHÕES, DIZ TESOURO

João Paulo - 05/06/2023 16:25
O estoque da Dívida Pública Federal cresceu 2

O estoque da Dívida Pública Federal cresceu 2,38% em abril, passando de R$ 5,893 trilhões para R$ 6,033 bilhões, conforme o Relatório Mensal da Dívida divulgado hoje pelo Tesouro Nacional.

Nesse crescimento estão incluídos o aumento tanto da dívida interna quanto externa. Na Dívida Mobiliária Interna, houve aumento de 2,33% em abril, passando de R$ 5,658 trilhões em março para R$ 5,790 trilhões no mês passado. Esse crescimento refletiu emissões líquidas de R$ 82,1 bilhões e a apropriação de juros de R$ 50,3 bilhões.

Já a Dívida Externa cresceu 3,44%, para R$ R$ 242,4 bilhões, ou US$ 48,48 bilhões. O Tesouro informou que o colchão de liquidez para pagamento da dívida aumentou 8,19%, passando de R$ 973,56 bilhões em março para R$ 1,053 trilhão em abril, mas o número de meses cobertos pelo valor é menor, 8,55 meses, ante 9,22 meses de março. A parcela de títulos corrigidos pelo juro Selic, as LFTs, caiu de 39,08% da dívida interna em março para 38,84% em abril. Já os títulos prefixados, LTNs e NTN-Fs, aumentaram sua fatia de 24,70% para 24,81%. Os títulos corrigidos pela inflação, as NTN-Bs, também ganharam espaço, passando de 32,0% para 32,11%.

O prazo médio da dívida pública federal caiu, de 4,04 anos em março para 3,99 anos em abril, enquanto o custo médio acumulado da dívida nos últimos 12 meses caiu, de 11,10% para 10,68% ao ano. As instituições financeiras continuam sendo os maiores detentores de títulos do governo, com 28,82% do total em abril, mais que os 28,06% do fim de março. Em seguida vêm os fundos de investimentos, com 23,57%, um pouco menos que os 23,79% de março, e as instituições de previdência privada, com 23,51%, acima dos 23,37% de março. Os investidores estrangeiros reduziram sua participação na dívida interna, de 9,74% em março para 9,51% em abril.

O total de vencimentos da dívida pública nos próximos 12 meses aumentou, de 22,09% em março para 22,90% em abril. Desse total, os vencimentos da Dívida Interna subiram de 22,72% para 23,49% em abril. A maioria dos vencimentos nos próximos 12 meses é de papéis prefixados, 43,53%, seguidos pelos atrelados à Selic, com 33,77%. Já os vencimentos da Dívida Externa nos próximos 12 meses subiram de 6,90% em março para 8,92% em abril. O Tesouro destacou a emissão no exterior em 13 de abril de US$ 2,25 bilhões em títulos da República com prazo de dez anos, o Global 2033, que servirão de referencial para as emissões de empresas brasileira de mesmo prazo. O papel saiu com um retorno ao investidor de 6,15% ao ano, 2,854 pontos percentuais acima do juro do Tesouro americano.

Foto: divulgação

Copyright © 2023 Bahia Economica - Todos os direitos reservados.