Afirmação do senador acontece após aprovação da urgência e marcação da votação na Câmara dos Deputados para esta quarta (24).
Após a votação na Câmara dos Deputados, o projeto irá para votação no Senado Federal. Lá, o líder do governo, Jaques Wagner (PT), já antecipou que irá apresentar um pedido de urgência para votação rápida do novo arcabouço fiscal, assim que o projeto chegar à casa. Segundo o senador, esse projeto que aumenta o limite de gastos públicos já teve debate o suficiente e precisa ser votado.
“Eu entendo que o projeto já foi muito debatido. O ministro Haddad fez várias conversas com deputados e senadores, todos querem que ele seja aprovado, sabe que isso dará mais estabilidade e credibilidade ao país. Espero que na câmara se vote rapidamente e chegando aqui no Senado, não tenho dúvida, faremos tudo para apressar a sua votação”, afirmou Wagner (PT).
Isto acontece porque, semana passada, o projeto teve o pedido de urgência aprovado com ampla maioria, o que levou a base governista da gestão federal e aos auxiliares de Lula (PT) a acreditarem em uma votação favorável na Câmara dos Deputados com uma aprovação superior ao conquistado na
votação da urgência na última semana.
Por outro lado, a oposição não deve facilitar essa votação. De acordo com o senador Jorge Seif (PL), a oposição atuará para evitar que o marco fiscal seja votado com urgência. Segundo ele, o texto precisa passar pelas comissões permanentes da Casa Alta, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
“Sou oposição e não estamos aqui para sabotar o Brasil, mas a questão do arcabouço fiscal refere-se à vida de cada um de nós brasileiros. Então, nesse quesito eu não posso, não vou conceber e não vou votar. Não podemos tramitar isso de forma acelerada. Será um desrespeito com as comissões que discutem, analisam e podem fazer contribuições e corrigir eventuais excessos do governo federal”, justificou Seif (PL).
De um modo geral, analisando todo o trabalho feito pelo relator do projeto, o deputado baiano Cláudio Cajado (PP), os integrantes de governo, centrão e oposição entendem que um bom equilíbrio foi encontrado. Este fato pode ser observado na votação da urgência na Câmara, quando 29 deputados do PL foram favoráveis ao requerimento para dar celeridade à votação do novo marco fiscal. Cajado, inclusive, tem se reunido com líderes e o presidente da casa para alinhar todos os detalhes do texto.
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