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APENAS 30% DOS SOTEROPOLITANOS APTOS TOMARAM A VACINA BIVALENTE

João Paulo - 22/05/2023 08:12 - Atualizado 22/05/2023

Em Salvador, a adesão à vacina bivalente caminha a passos lentos. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a quantidade de pessoas aptas a tomar a dose de reforço contra a covid-19 e a variante ômicron na capital baiana é de quase um milhão, mas apenas 307.500 vacinas foram aplicadas até o momento.

Esse número equivale a pouco mais de 30% dos soteropolitanos habilitados.  Desde o dia 25 de abril, a prefeitura ampliou a campanha vacinal da bivalente, que inicialmente teve como público-alvo pessoas imunossuprimidas, para abranger também a população com mais de 18 anos. Ainda assim, a procura continua baixa na cidade.

Coordenadora de imunização da SMS, Doiane Lemos, afirma ser essencial que a população se mantenha engajada em se imunizar. “A população precisa buscar a vacina, porque todos os esforços estão sendo empregados. Nós disponibilizamos pontos externos, pontos fixos, fazemos vacinação aos sábados. Fizemos semana passada um horário estendido de vacinação, mas precisa-se desse fator principal, que é a população entender a importância da vacinação, de manter a doença sob controle, da gente poder andar livremente sem lockdown e sem utilizar máscara”, afirma em entrevista ao Jornal Correio.

A titular da Secretaria Estadual da Saúde (Sesab), Roberta Santana, afirmou que a Bahia atingiu 25% na meta de imunização com a vacina bivalente, e fez um apelo para que as pessoas procurem os postos de saúde. “A gente precisa vencer esse movimento antivacina. Sabemos a importância e a relevância da imunização, temos a prova disso com a pandemia, de que a vacina fez resultados e, por isso, a gente pode estar aqui hoje. Conseguimos atingir 980 mil pessoas vacinadas com a bivalente, fruto de uma campanha intensa nos últimos tempos, mas que não pode parar. A expectativa é imunizar 4 milhões de pessoas [em todo o estado], então, estamos muito aquém”, disse Santana.

A bivalente é produzida pela Pfizer, que tem os imunizantes com validades mais curtas, segundo Doiane Lemos, coordenadora de imunização da SMS. Entretanto, ela afirma que a expiração de uma vacina tem início apenas após o descongelamento, o que faz com que perder doses não seja uma preocupação tão expressiva atualmente. “A gente já trabalha com as vacinas de covid desde 2021, quando iniciou a campanha. Então já temos uma uma organização e manejo dessas vacinas. Não descongelamos um quantitativo grande sem que a gente tenha esse planejamento de uso. Por isso a gente vem pedindo, recebendo e distribuindo essa vacina aos poucos, justamente para dar tempo de consumir e de não perder, porque o nosso interesse é vacinar a população”, diz.

Foto: (Marina Silva/CORREIO)

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