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BAHIA TEM AUMENTO DE 3,2% NO RENDIMENTO MENSAL EM 2022; APONTA IBGE

Douglas Santana - 11/05/2023 17:35 - Atualizado 11/05/2023

Dados relacionados a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), de 2022, foram divulgados nesta quinta (11)

 

Foram divulgados nesta quinta (11), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), os dados relativos à desigualdade de renda entre ricos e pobres na Bahia. As informações fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), de 2022. Segundo o instituto, em 2022, o rendimento médio mensal real de todas as fontes da população com algum rendimento no estado ficou em R$ 1.644, comparado a 2021, a renda média total havia sido de R$ 1.612, representando um aumento de 3,2%.

Apesar do avanço entre um ano e outro, a renda média total na Bahia, em 2022, foi a segunda mais baixa desde o início da PNAD Contínua, em 2012, só ficando acima da registrada em 2021 (R$ 1.612). Nessa década de série histórica (2012-2022), a população da Bahia teve uma perda média de 3,8% no seu rendimento de todas as fontes (de R$ 1.729 para R$ 1.644).

Além disso, mesmo com o aumento da renda média total entre 2021 e 2022, o estado caiu três posições no ranking nacional para esse indicador. Em 2012, a Bahia tinha o 6o menor rendimento médio de todas as fontes, entre as 27 unidades da Federação. Dez anos depois, apresentava o 3o menor, acima apenas dos verificados no Maranhão (R$ 1.529) e em Alagoas (R$ 1.600). O rendimento médio mensal real de todas as fontes engloba o salário (rendimento de trabalho) e outras fontes de renda, como aposentadorias, aluguéis, aplicações financeiras, pensões, doações e programas sociais ou auxílios diversos pagos pelo governo, considerando os efeitos da inflação.

Em 2022, o valor da renda média de todas as fontes na Bahia (R$ 1.644) era 2/3 da registrada no Brasil como um todo (R$ 2.533). No país, também houve aumento desse valor frente a 2021 (+2,0%), mas, queda na comparação com o início da série histórica, quando ele era de R$ 2.600 (-2,6%). A alta da renda média total da população baiana entre 2021 e 2022 (+3,2%) foi resultado do aumento verificado nos rendimentos de outras fontes, que não o trabalho, puxado fortemente pelos chamados “outros rendimentos”, grupo em que pesam mais os programas sociais e auxílios governamentais.

Já a renda salarial caiu pelo segundo ano consecutivo e chegou a seu menor valor na última década (2012-2022). Além disso, pela primeira vez, nesses dez anos, foi a mais baixa entre os estados brasileiros. Em 2022, o rendimento médio real mensal habitualmente recebido por todos os trabalhos na Bahia ficou em R$ 1.662, 5,2% abaixo do registrado no ano anterior, quando havia sido de R$ 1.753. Frente a 2012, quando o rendimento médio real de todos os trabalhos era R$ 1.806, o recuo foi ainda mais intenso (-8,2%).

No Brasil como um todo, o rendimento médio de trabalho foi de R$ 2.659 em 2022, 2,1% menor do que no ano anterior (R$ 2.715) e 0,9% abaixo de 2012 (R$ 2.684). A Bahia, com a quarta maior queda percentual (-5,2%), passou a ter, no ano passado, pela primeira vez em uma década, o menor rendimento de trabalho dentre os estados – era o 5o mais baixo em 2012 e o 3o menor e m 2021.

 

Foto: Ascom/Seplan-BA

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