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ESTIMATIVA PARA A SAFRA BAIANA DE GRÃOS EM 2023 É MANTIDA, PREVENDO QUEDA 

João Paulo - 13/04/2023 14:40

A terceira estimativa para a safra baiana de cereais, leguminosas e oleaginosas (também conhecidos como grãos) em 2023 prevê, em março, que a produção deve chegar a 10.988.805 toneladas neste ano. Isso representa uma redução de 3,3% (ou menos 372.902 t) em relação ao recorde de 2022 (11.361.707 t).

A previsão se manteve a mesma ao longo do primeiro trimestre de 2023. E, assim como já havia sido sinalizado desde o prognóstico feito em outubro do ano passado, dentre as 12 safras de cereais, leguminosas e oleaginosas pesquisadas na Bahia, só o amendoim 2ª safra tem estimativa de variação positiva na quantidade colhida, em 2023: mais 10 toneladas (+0,4%), chegando a uma produção de 2.486 toneladas.

Por outro lado, manteve-se também a previsão de que a queda absoluta de produção, entre os grãos, deve ocorrer na produção de soja: menos 177.186 toneladas (-2,4%), chegando a uma safra de 7.063.494 toneladas em 2023. Já em termos relativos, a maior perda deve vir do milho 2ª safra, com uma produção de 520.780 toneladas, 19,9% menor que a de 2022 (-129.220 t.).

Tanto no caso da soja quanto do milho 2ª safra, a previsão é de queda no rendimento médio (produtividade), com as áreas plantadas e colhidas mantendo-se, até o momento, as mesmas de 2022. O rendimento da soja deve se reduzir de 3.972 kg/hectare para 3.875 kg/hectare; já o do milho 2ª safra deve recuar de 2.500 kg/hectare para 2.003 kg/ hectare.

As estimativas para essas duas culturas na Bahia vão na contramão do previsto para o Brasil como um todo, onde ambas devem ter safras recordes em 2023, de 147,2 milhões e 91,9 milhões de toneladas, respectivamente. A soja e o milho devem ser justamente os principais destaques positivos da safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas, que pode alcançar novo recorde em 2023: 299,7 milhões de toneladas, 13,9% ou 36,5 milhões de toneladas maior do que a de 2022 (que havia sido de 263,2 milhões de toneladas).

Frente à previsão de fevereiro, houve crescimento de 0,5% na estimativa da safra nacional para este ano, ou mais 1,6 milhão de toneladas. Mesmo com a previsão de colher 3,3% menos neste ano, a Bahia ainda deve ter a sétima maior safra de grãos do país, respondendo por 3,7% do total nacional (frente a uma participação de 4,3% em 2022). Mato Grosso continua na liderança (30,9%), seguido por Paraná (15,7%) e Rio Grande do Sul (10,2%).

As informações são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado mensalmente pelo IBGE. O grupo de cereais, leguminosas e oleaginosas (grãos) engloba os seguintes produtos: arroz, milho, aveia, centeio, cevada, sorgo, trigo, triticale, amendoim, feijão, caroço de algodão, mamona, soja e girassol.

Fonte: IBGE

Foto: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

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