O volume embarcado foi superado pela redução nos preços, que chegou a 13%, determinando o resultado negativo nas exportações
Nesta quarta (12), a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), da Secretaria Estadual de Planejamento, divulgou dados sobre as exportações baianas, onde foi apontado um recuo de 5,2% no primeiro trimestre, em comparação com o mesmo período de 2022.
Na comparação interanual, as exportações baianas apuraram US$ 2,47 bilhões (R$ 12,71 bilhões) entre janeiro e março deste ano. Em volume embarcado, as vendas ao exterior cresceram 8,8%, com o escoamento de 3,57 milhões de toneladas.
Contudo, o volume embarcado foi superado pela redução nos preços, que chegou a 13%, determinando o resultado negativo nas exportações.
No acumulado dos três primeiros meses do ano as importações também perderam força e registraram queda de 10,8%, atingindo US$ 2,53 bilhões.
Segundo a SEI, a desaceleração da economia mundial e a mudança em direção ao protecionismo econômico resultaram em uma tendência de preços menos aquecidos principalmente para commodities energéticas, como petróleo e minerais.
Mas, a superintendência aponta que a retomada da economia chinesa e os cortes de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que reúne países exportadores da comodities, poderá elevar as cotações do produto a médio prazo.
Também com o escoamento da boa safra de grãos, a partir de abril, há possibilidade de reversão já no próximo trimestre do atual cenário desfavorável.
Em março, as exportações baianas alcançaram US$ 944,6 milhões – queda de 11,11% – e as importações somaram US$ 823,5 milhões, com aumento de 3,4%.
As exportações caíram puxadas pela indústria de transformação – maior retração no mês (-16%)-, pressionadas por uma redução expressiva nos embarques (-15,6%) e nos preços (-25,7%). As importações foram influencias pelas compras de bens de capital (máquinas e equipamentos).
Foto: Ascom/SEI
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