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FALTA DE FERROVIAS ATRAPALHA MINERAÇÃO NA BAHIA

João Paulo - 10/04/2023 07:00 - Atualizado 10/04/2023

Em um intervalo de apenas quatro anos, o faturamento da mineração baiana deu um salto expressivo de R$ 329 milhões em outubro de 2019 para R$ 8,7 bilhões no mesmo mês de 2022 – um crescimento superior a 2.600%.

Apesar de tamanho avanço, o setor ainda sofre com os gargalos decorrentes da falta de infraestrutura logística, cuja malha ferroviária carece há décadas de requalificação e expansão.

Bandeira pública da CBPM (Companhia Baiana de Pesquisa Mineral) nos últimos anos, a luta por uma malha ferroviária condizente às demandas de um setor que responde por 3% do PIB do estado tem, como focos principais, a renovação da concessão da FCA/VLI (Ferrovia Centro-Atlântica) e a conclusão da Fiol (Ferrovia de Integração Oeste-Leste).

A FCA/VLI, que tem quase três décadas de existência, tem passado por um processo de sucateamento e precariedade, na avaliação da CBPM. Um total de 620 km da ferrovia já foram desativados nos trechos de Senhor do Bonfim-Juazeiro/Petrolina, Esplanada/Propriá, Mapele/Calçada e parcialmente no Porto de Aratu, o que prejudica a mineração baiana, à medida que a dependência do modal rodoviário é inviável financeiramente e diminui a competitividade do setor frente a outros estados e países.

Outro ponto contestado pela CBPM é que, dos mais de 7.000 km totais de ferrovia sob sua operação, a VLI utilizou somente pouco mais de 2.300, além de ter reduzido a quantidade de clientes regulares que usam o modal, conforme dados de relatório da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). A concessionária argumenta que apresentou cadernos com propostas de melhorias e que aguarda resposta da ANTT.

Fonte: Correio

Foto: Foto: Divulgação/BAMIN)

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