Um levantamento feito por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e obtido com exclusividade pela GloboNews aponta que 7.279 pessoas viviam nas ruas da capital baiana até fevereiro deste ano.
A pesquisa do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua (POLOS-UFMG), com dados do CadÚnico.
O coordenador do POLOS-UFMG explica que no último trimestre de 2022 o governo de Jair Bolsonaro (PL) exigiu medidas para atualização do CadÚnico, e os números pararam de ser atualizados. Já o governo Lula (PT), segundo ele, voltou a estimular o cadastro, e os números voltaram a crescer (veja abaixo a população em situação de rua em outras capitais).
“Nós não sabemos se, de fato, mais pessoas passaram a viver nas ruas a partir de novembro. O que nós vimos é que ano passado simplesmente em três meses (outubro, novembro e dezembro), mais de 25 mil pessoas haviam sido sumariamente excluídas do CadÚnico. Agora, aos poucos estão voltando a aparecer”, disse André Luiz Dias. A situação de rua atinge majoritariamente a população negra no nosso país. A cada 10 pessoas em situação de rua, 7 são negras.
Raio-X da população de rua
Levantamento realizado pelo Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua (OBPopRua/POLOS-UFMG), com base em dados disponibilizados pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (mês de referência: fevereiro/2023) aponta que o Brasil tem 206.044 pessoas em situação de rua registradas no CadÚnico.
Foto: (Foto: Evandro Veiga/CORREIO)
Fonte: UFMG