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DINO DIZ QUE É “MAU-CARATISMO” LIGAR PLANOS DE FACÇÃO À POLÍTICA

Tácio Caldas - 22/03/2023 20:10

Declaração aconteceu em coletiva realizada em São Paulo; ministro da justiça também disse que o governo não aceitará comparações “descabidas”.

O Ministro da Justiça, Flávio Dino, concedeu coletiva de imprensa na tarde desta quarta (22) em São Paulo. No ato ele afirmou que o Governo Federal não aceitará associações e vinculações de eventos policiais com a política brasileira. Isto aconteceu após a Polícia Federal (PF) realizar uma operação para prender suspeitos de planejar morte de autoridades, dentre elas o senador Sergio Moro (UB).

Dino também condenou as narrativas criadas e divulgadas nas redes sociais que criavam uma relação da declaração do presidente Lula (PT) com os planos do grupo criminoso.”Nós estamos vendo em redes sociais uma narrativa escandalosamente falsa de que haveria uma relação entre entrevistas ou declarações do senhor presidente da república com estes planejamentos. Isso é um disparate, uma violência e nós não aceitamos isso”, declarou o ministro.

Isto porque, o Presidente da República, em entrevista anterior, havia informado que, quando preso em Curitiba, nas visitas que recebia, as autoridades lhe perguntavam se estava bem, ele respondia que só estaria bem quando se vingasse de Sérgio Moro, então juíz e hoje senador.

De acordo com o Flávio Dino, o plano da facção seria uma retaliação aos agentes públicos envolvidos em ações contra o grupo.”Aparentemente, é uma ação nacional de um lado retaliação, em face de agentes públicos vários, aí envolvendo Ministério Público, agentes policiais de vários estados e, obviamente, um ação de intimidação em relação ao conjunto das autoridades públicas, ou seja, uma ação que tem um porte terrorista, no sentido de intimidar o aparelho estatal mediante retaliação a um conjunto de agentes públicos”, detalhou Dino.

Vale lembrar que, em 2019, quando Moro ainda era o ministro de Segurança Pública, os governos federal e de São Paulo transferiram o detendo Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, e outros vinte e um integrantes da gangue do PCC para penitenciárias de segurança máxima.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

 

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