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LEWANDOWSKI DERRUBA PROCESSOS COM PROVAS DA ODEBRECHT

Tácio Caldas - 20/03/2023 17:31 - Atualizado 20/03/2023

Ministro atendeu aos pedidos das defesas dos réus e estendeu aos referidos casos a anulação de material da leniência da empreiteira.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski determinou nesta segunda (20), que sejam suspensos ou trancados mais quatro processos cujas provas incluem material apresentado pela Odebrecht em seu acordo de leniência. A decisão beneficia Marcos Monteiro e Sebastião Eduardo Alves de Castro, réus por supostamente operarem o caixa dois de campanhas do vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), ao governo de São Paulo. ALém deles também foram beneficiados o publicitário Paulo Luciano Tenutto Rossi, irmão do presidente do MDB, Baleia Rossi e Sandra Ramos Leite.

Os casos onde houveram intervenções de Lewandowski foram a ação penal contra Monteiro e Castro na 1ª Zona do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, a ação penal que tramita contra Rossi na 1ª Zona Eleitoral de São Paulo e suspensos liminarmente uma ação penal e uma ação cautelar de arresto e sequestro de bens contra Sandra, na 4ª Vara Federal de Pernambuco. Tal situação aconteceu devido a um entendimento anterior do próprio ministro que foi aplicado em favor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ainda em 2021.

Além de Lula (PT), o ministro já havia adotado o mesmo entendimento e beneficiado diversos políticos, que tiveram processos derrubados e suspensos. Entre eles, além dos supracitados, estão: o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), o deputado federal Pedro Paulo (PSD-RJ), o ex-senador Edison Lobão (MDB-MA), o ex-ministro Paulo Bernardo (PT) e o ex-presidente da Fiesp Paulo Skaf, o empresário Walter Faria, o diretor do Instituto Lula Paulo Okamotto e o advogado Rodrigo Tacla Durán.

O número de beneficiários ainda pode aumentar, já que estão  aguardando em uma “fila” com o mesmo pedido, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, o ex-diretor da Dersa, Paulo Vieira de Souza e até o ex-vice-presidente do Equador Jorge Glas.

 

 

Foto: Nelson Jr./SCO/STF

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