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APENAS 2% DAS MULHERES NO BRASIL APLICAM DINHEIRO NA BOLSA

João Paulo - 11/03/2023 15:20

O número de mulheres investidoras cresceu ao longo das duas últimas décadas, saltando de 15 mil para 1,4 milhão no País.

Só nos últimos dez anos, a quantidade de mulheres que investem em algum produto financeiro cresceu nove vezes (o número de homens cresceu 11 vezes). Ainda assim, o porcentual de brasileiras que investem o dinheiro na Bolsa é de apenas 2% da população brasileira – os homens representam 4,3%. Os dados são de um levantamento da XP Investimentos.

Apesar da evolução positiva, o relatório ressalta que a proporção entre investidores homens e mulheres não mudou tão notavelmente e, portanto, ainda há grande potencial para a entrada das brasileiras no universo dos investimentos. O relatório da XP mostra que cerca de 23% do total de investidores são mulheres, ligeiro aumento em relação aos 18% de 2002.

Jennie Li, estrategista de ações da XP, diz que o levantamento aponta um comportamento diferente entre homens e mulheres ao lidar com investimentos. “Elas têm mais aversão ao risco, são mais disciplinadas e mais pacientes. Fazem menos transações do que os homens, o que gera menos custos. No longo prazo, elas são menos confiantes, mas tendem a buscar mais a ajuda profissional do que os homens”, diz.

O estudo aponta ainda que as mulheres tendem a olhar menos vezes o saldo dos investimentos do que os homens, ou seja, são menos ansiosas em obter ganhos. Além disso, segundo Li, a filosofia de investimentos pode ser diferente. “As mulheres preferem fazer investimentos em ativos aliados aos seus valores, além da questão do retorno financeiro”, afirma.

Para Lai Santiago, educadora financeira da fintech de crédito Open Co, o perfil mais conservador entre as mulheres faz com que a grande maioria ainda prefira aplicar dinheiro na poupança. Além disso, os títulos de renda fixa, como o Tesouro Direto, também são populares nas carteiras de investimentos das brasileiras.

“Muitas vezes, pela falta de informações, as mulheres acabam escolhendo alternativas muito mais conservadoras, inclusive, ficando um pouco presas à poupança, que já é bastante obsoleta diante da quantidade de investimentos conservadoras que têm liquidez e dariam retorno significativamente superior”, diz.

Fonte: Agência estado

Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

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