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EM FEVEREIRO, ESTIMATIVA PARA A SAFRA BAIANA DE GRÃOS EM 2023 SE MANTEVE DE QUEDA, DIZ IBGE

João Paulo - 09/03/2023 14:46 - Atualizado 09/03/2023

Segundo números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, através do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), a segunda estimativa para a safra baiana de cereais, leguminosas e oleaginosas (também conhecidos como grãos) em 2023 manteve, em fevereiro, a previsão de que a produção chegue a 10.988.805 toneladas neste ano. Isso representa uma redução de 3,3% (ou menos 372.902 toneladas) em relação ao recorde de 2022 (11.361.707 toneladas).

Frente a janeiro, a previsão se manteve totalmente estável. E, assim como já havia sido sinalizado desde o prognóstico feito em outubro do ano passado, dentre as 12 safras de cereais, leguminosas e oleaginosas pesquisadas na Bahia, apenas o amendoim 2ª safra tem previsão de variação positiva na quantidade colhida, em 2023: mais 10 toneladas (+0,4%), chegando a uma produção de 2.486 toneladas.

Por outro lado, esta segunda estimativa mantém que a maior previsão de queda absoluta, entre os grãos, deve ocorrer na produção de soja: menos 177.186 toneladas ou -2,4%, chegando a uma safra de 7.063.494 toneladas em 2023. Já em termos relativos, a maior perda deve vir do milho 2ª safra, com uma produção de 520.780 toneladas, 19,9% menor que a de 2022 (-129.220 t.).

Tanto no caso da soja quanto do milho 2ª safra, a previsão é de queda no rendimento médio (produtividade), com as áreas plantadas e colhidas mantendo-se, até o momento, as mesmas de 2022. O rendimento da soja deve se reduzir de 3.972 kg/hectare para 3.875 kg/hectare; já o do milho 2ª safra deve recuar de 2.500 kg/hectare para 2.003 kg/ hectare.

As estimativas para essas duas culturas na Bahia vão na contramão do previsto para o Brasil como um todo, onde ambas devem ter safras recordes em 2023, de 145,0 milhões e 92,7 milhões de toneladas, respectivamente. A soja e o milho devem ser justamente os principais destaques positivos da safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas, que pode alcançar novo recorde em 2023: 298,0 milhões de toneladas, 13,3% ou 34,9 milhões de toneladas maior do que a de 2022 (que havia sido de 263,2 milhões de toneladas).

Frente à previsão de janeiro, porém, houve redução de 1,3% na estimativa da safra nacional para este ano, ou menos 3,9 milhões de toneladas. Mesmo com a previsão de colher 3,3% menos neste ano, a Bahia ainda deve ter a sétima maior safra de grãos do país, respondendo por 3,7% do total nacional (frente a uma participação de 4,3% em 2022). Mato Grosso continua na liderança (29,7%), seguido por Paraná (15,1%) e Goiás (11,8%).

Fonte: IBGE

Foto Divulgação. portal ( https://www.comprerural.com/producao-de-soja-e-o-ouro-da-economia-brasileira/ )

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