Apesar disso, ainda na pesquisa, os professores baianos têm uma boa imagem da Secretaria da Educação do Estado da Bahia
Uma pesquisa realizada pelo Ipec, contratada pelo Itaú Social, Todos Pela Educação, Instituto Península e Profissão Docente revelou que pelo menos 53% dos professores em atuação no estado da Bahia estão insatisfeitos com os salários que recebem neste momento.
O Ipec entrevistou, por telefone, 620 professores no estado da Bahia entre os dias 5 de julho e 9 de dezembro de 2022. O intervalo de confiança é de 95% e a margem de erro máxima estimada é de 4% para mais ou para menos.
Quando são questionados sobre se “está satisfeito com o salário que recebe pelo seu trabalho”, 34% dos professores entrevistados discordaram totalmente, enquanto outros 19% afirmaram possuir uma discordância parcial. Outros 37% disseram concordar em parte, enquanto apenas 10% concordaram completamente com a afirmação.
Apesar disso, ainda na pesquisa, os professores baianos têm uma boa imagem da Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC).
52% dos professores concordaram totalmente que “a Secretaria de Educação é uma importante estrutura de apoio para sua escola”, enquanto 33% disseram concordar parcialmente. Apenas 8% discordaram em partes e 7% mostraram discordância na totalidade.
35% concorda totalmente que “a Secretaria de Educação está efetivamente preocupada com a melhoria da qualidade da educação”, enquanto 40% concordaram parcialmente, somando 75% de aprovação. Outros 25% afirmaram discordar, sendo 13% em partes e 12% na totalidade.
41% dos professores também concordam totalmente que a SEC conhece a realidade da escola em que trabalham, já 32% concordam de forma parcial.
22% entendem que “a Secretaria de Educação tem boas estratégias para melhorar os resultados de todas as escolas da rede”. Outros 44% dizem concordar apenas parcialmente. Discordam em partes e na totalidade, 19% e 15%, respectivamente.
Questionados sobre o que a Secretaria da Educação da Bahia deve priorizar nos próximos anos, 18% dos professores responderam que a prioridade deve ser promover programas de reforço e recuperação para os estudantes.
Outros 18% afirmaram que a prioridade do estado deve ser oferecer apoio psicológico tanto a professores quanto a estudantes. O aumento salarial da classe vem em terceiro lugar, com 15% das respostas.
Quando foram perguntados sobre os principais desafios enfrentados pela educação no estado, 30% dos professores apontaram a defasagem na aprendizagem dos alunos como o maior problema. Em segundo lugar, aparece o desinteresse dos estudantes pelas aulas, com 25% das respostas.
A indisciplina dos estudantes, com 16% da resposta dos professores; e as dificuldades no atendimento aos alunos com deficiência, com 14%, foram as outras duas respostas destacadas pela classe na pesquisa.
Foto: Elói Corrêa/GOV-BA