Os maiores bancos do País rolaram a dívida de mais de R$ 14 bilhões da Novonor (ex-Odebrecht e em recuperação judicial), vencida no fim de janeiro e deram um prazo de mais 60 dias, igual ao oferecido à construtora na negociação anterior, em novembro. A boa vontade é resultado do “efeito Americanas”, pois os bancos continuam sem acordo com a empresa.
Conforme o acordo entre bancos e Novonor, a dívida deve ser paga com recursos levantados com a venda da participação de controle da ex-Odebrecht na Braskem. As ações das petroquímica foram dadas como garantia em troca desse empréstimo feito pelas instituições financeiras ao então Grupo Odebrecht, por décadas. A Petrobras, controlada pela União, é o outro acionista.
A boa vontade dos bancos ocorre também porque com a troca de presidente as conversas para vender a Braskem esfriaram. Além disso, a Novonor está em meio às mudanças no comando da companhia e também porque ainda não se sabe como o novo governo encaminhará a questão.
Por outro lado, não procede que os grandes grupos perderam o interesse na compra pela Braskem, pelo contrário, grandes empresas como a J&F, Fundo Apollo, Unipar e outras seguem interessadas. O que existe é apenas um freio de arrumação na expectativa da posição do governo. A informação é da Broascast, do Estadão.