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PIB DOS EUA NO QUARTO TRIMESTRE É REVISADO PARA BAIXO

João Paulo - 25/02/2023 11:00

O Produto Interno Bruto, soma de todas as riquezas produzidas pelo país, dos Estados Unidos no quarto trimestre foi revisado para baixo, conforme informou hoje o Birô de Análises Econômicas americano.

O crescimento foi revisto de 2,9% anualizados sobre o trimestre anterior na primeira divulgação para 2,7% agora, Na segunda estimativa. No terceiro trimestre, a economia americana havia crescido 3,2%. Os dados do PIB passam por várias revisões para incluir dados de diversos setores da economia.

No caso deste levantamento, a redução de crescimento reflete uma redução nos gastos do consumidor que foi parcialmente compensada por um aumento no investimento fixo não residencial. Já as importações, que reduzem o crescimento do PIB, foram revistas para cima, o que ajudou a reduzir o dado do quarto trimestre. O crescimento no quarto trimestre foi puxado pelo aumento dos investimentos em estoques privados, gastos do consumidor, investimentos fixos não residenciais, gastos públicos federais, estaduais e municipais, compensados parcialmente pela queda nos investimentos fixos residenciais e nas exportações.

As importações diminuíram. A melhora de desempenho nos estoques e no consumo acompanha a retomada da economia após os impactos da pandemia de coronavírus e, no caso dos estoques, especialmente pelo setor de petróleo e carvão. Já o consumo foi puxado pelos gastos em serviços, apesar da queda na compra de bens. Os dados coincidem com as declarações do Federal Reserve, o banco central americano, de que há pressões inflacionárias ainda fortes no setor de serviços, enquanto a inflação de bens está em queda.

O núcleo do índice de preços do gasto do consumo pessoal, o PCE, usado para deflacionar o PIB, veio mais forte, com alta de 4,3%, ante previsão de 3,9%. Os mercados reagiram com cautela aos números do PIB, com as bolsas reduzindo ligeiramente as altas e o dólar e os juros longos americanos ganhando força. Pesam também no mercado os dados dos pedidos semanais de seguro-desemprego, que continuam abaixo dos 200 mil projetados pelo mercado, com 192 mil na semana passada, indicando um mercado de trabalho forte, o que é apontado pelo Fed uma das preocupações para controlar a inflação e que pode levar os juros a subir mais nos EUA.

O Dow Jones está praticamente estável no mercado futuro, em alta de 0,15%, o S&P500 ganha 0,4% e o Nasdaq, 0,86%. Os dois últimos índices se beneficiam do setor de tecnologia, animados com o resultado da fabricante de chips Nvidia, acima do esperado e com boas expectativas para enfrentar o desaquecimento da economia. O dólar zerou as perdas diante das principais moedas, com o índice DXY praticamente estável, e o título de dez anos do Tesouro dos EUA tem rendimento de 3,96%, alta de 0,03 ponto percentual. No Brasil, o Índice Bovespa recupera parte das perdas de ontem e sobe 0,90%, para 108.116 pontos, enquanto o dólar futuro sobe 0,5%, para R$ 5,132, e os juros futuros caem ligeiramente, cerca de 0,03 ponto percentual em toda a curva.

Fonte: portal minuto economico

Foto: divulgação

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