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NA ARGENTINA, LULA DEFENDE A DEMOCRACIA E DIZ QUE ‘TENTAÇÕES AUTORITÁRIAS’ DESAFIAM SISTEMA

Redação - 24/01/2023 14:48 - Atualizado 24/01/2023

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (24) que “tentações autoritárias” continuam a “desafiar” a democracia na América Latina. A fala ocorreu durante discurso na 7ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que acontece em Buenos Aires, na Argentina.

No discurso, Lula defendeu a união dos países da região e a adoção de uma estratégia comum de desenvolvimento, que, na visão dele, “deve caminhar passo a passo com a redução da desigualdade em suas diversas dimensões”, além da garantia de direitos fundamentais, do respeito aos povos originários e do combate ao racismo.

“Nada deve nos separar, já que tudo nos aproxima. Nosso passado colonial. A presença intolerável da escravidão que marcou nossas sociedades profundamente desiguais. As tentações autoritárias que até hoje desafiam nossa democracia”, disse Lula. A Celac é um grupo composto por 33 países da região latino-americana e caribenha. O Brasil deixou bloco em 2020, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas retornou este ano.

A fala de Lula ocorre em meio a tensões provocadas pelos atos golpistas de 8 de janeiro, quando bolsonaristas radicais invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso e a sede do Supremo Tribunal Federal (STF). Ocorre ainda em meio a uma crise de confiança envolvendo o governo petista e os militares. Na semana passada, Lula anunciou a troca do comandante do Exército. O presidente agradeceu o apoio que recebeu dos países da Celac após os atos golpistas de 8 de janeiro.

“Quero aqui aproveitar para agradecer a todos e a cada um de vocês que se perfilaram ao lado do Brasil e das instituições brasileiras, ao longo destes últimos dias, em repúdio aos atos antidemocráticos que ocorreram em Brasília. É importante ressaltar que somos uma região pacífica, que repudia o extremismo, o terrorismo e a violência política”, afirmou.

Foto: Agustin Marcarian/Reuters

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