A proposta é uma moeda comum nas negociações entre países.
A notícia de que Brasil e Argentina teriam uma moeda única geraram grandes discussões nos grupos de Whatzapp dedicados à economia e negócios. No entanto, essa discussão nunca existiu.
Segundo o economista Armando Avena nunca se falou em substituir o real e o peso por uma moeda única, até porque isso seria impossível. “As situações econômicas dos dois países são bem diferentes, O Brasil tem uma inflação de pouco mais de 5% ao ano, ao passo que a inflação da Argentina é de mais de 70%. O Brasil tem reservas de quase 400 bilhões de dólares, enquanto a Argentina praticamente não tem dólar em caixa. O Brasil não tem dívida externa, enquanto a Argentina vive às voltas com o FMI renegociando a sua. Não existe, portanto, essa hipótese de moeda corrente única”, disse Avena.
“ O que os países estão discutindo é uma moeda única nas relações da Balança Comercial, para substituir o dólar nas transações entre os países”, disse o economista.
O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, também reiterou em Buenos Aires que a moeda comum entre Brasil e Argentina em negociação não substituirá as atuais moedas nacionais, real e peso, respectivamente.
“A ideia de uma moeda comum é uma moeda que virtualmente poderá fazer o saldo final desse comércio [entre os dois países]”, disse o secretário-executivo ao Globo News.