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GUILHERME CARIBÉ: QUEM É O BAIANO PROMESSA DO BRASIL NA NATAÇÃO

Redação - 17/01/2023 07:00 - Atualizado 17/01/2023

Era novembro de 2021. Em entrevista ao CORREIO, o nadador baiano Guilherme Caribé classificou seu recorde sul-americano nos 50m livre conquistado em Lima, no Peru, como “assustador”.

Os 22s37 o colocavam com a melhor marca da história da competição continental na categoria Juvenil B. Pois em novembro de 2022, aos 19 anos e já competindo na categoria Júnior 2 – a última antes da profissional -, Guilherme voltou a brilhar.

Disputando o Brasileiro Júnior, que aconteceu no Rio de Janeiro entre 6 e 10 de dezembro, Caribé venceu as provas de 50m e 100m livre e bateu o recorde nacional na categoria. No trajeto mais curto, fez 21s87, e nos 100m cravou 47s82. Para se ter ideia do que esses tempos representam para a natação no país, apenas o medalhista olímpico Bruno Fratus havia nadado na casa dos 21 segundos nos últimos quatro anos.

Em comparação ao seu tempo nos 50m no Sul-Americano de 2021, Caribé baixou em meio segundo, colocando-o como o oitavo brasileiro na história a nadar abaixo dos 22s. Nos 100m o feito foi ainda maior: o tempo de Guilherme é o quarto melhor de um brasileiro na história e, além disso, se ele tivesse feito esse tempo na Olimpíada de Tóquio, teria ficado com o 5º lugar na prova.

O campeão olímpico César Cielo, por exemplo, tem sua melhor marca nos 100m de 46s91, menos de um segundo abaixo do jovem. Já nos 50m, Cielo é o recordista com 20s91. Porém, na época, era permitido o uso dos chamados supermaiôs, feitos de um material que repelia a água, o que propiciava aos nadadores ser alguns centésimos mais rápidos.

Dessa vez, Caribé voltou a repetir o termo que usou há um ano. “É algo assustador, para falar a verdade. Sabendo que o trabalho tem dado certo, que temos marcas melhores que atletas olímpicos, sabendo a idade que eu tenho, é assustador porque projeto em cima de mim uma pressão e uma responsabilidade. Não é pressão ruim, é positiva, de que eu tenho a oportunidade de ter um caminho traçado e quem sabe eu ser um atleta do mesmo nível ou melhor que eles. É isso que eu busco”, disse.

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