Defensor dos eSports em seus mandatos, o deputado estadual Paulo Câmara (PSDB) lamentou a polêmica declaração da ministra do Esporte, Ana Moser, ao falar que não considera os esportes eletrônicos como esporte, mas sim como uma indústria do entretenimento.
“Infelizmente, a ministra não foi feliz em sua fala. Nos entristece saber que a essa altura do campeonato, quando os eSports caminham para a regulamentação em vários estados do país, a maior representante do setor público nesta área não reconhece a legitimidade dos esportes eletrônicos como modalidade esportiva”, criticou Câmara.
Desde 2016, quando era vereador de Salvador, Paulo Câmara realiza ações em prol dessa modalidade em Salvador, como o 1º fórum regional sobre esportividade eletrônica e uma sessão especial para debater o tema. Agora, em seu mandato como deputado estadual, é autor do projeto que deu origem à Lei 14.116/2019, que regulamenta a prática dos esportes eletrônicos no estado da Bahia.
Câmara destaca ainda a rotina de um pro player, como é chamado o atleta de esportes eletrônicos, que precisa frequentar um gaming office cerca de 8h por dia, espécie de escritório dedicado ao preparo desses atletas e que requer uma equipe multidisciplinar com diversos profissionais, entre eles, preparador físico, nutricionista e psicólogo esportivo.
O mercado de eSports movimentou no mundo cerca de US$ 1,3 bilhão (R$ 6,5 bilhões) em 2022. Neste cenário, o Brasil ficou em terceiro no ranking de países com mais espectadores, com um total de 21,2 milhões de pessoas registradas, atrás apenas da China e dos Estados Unidos. “Precisamos, sim, dar apoio e consolidar este novo segmento para gerar novas profissões, novos postos de trabalhos e para reconhecer esses jogadores como esportistas que são”, disse Câmara